Farm News 19/02 a 25/02
Brasil teve recorde de produção de carne bovina em 2023
A produção de carne bovina foi recorde em 2023. Na avaliação de pesquisadores do Cepea, da Esalq/USP, a divulgação de dados, ainda preliminares, do IBGE sobre os abates em 2023 confirma a oferta acima da demanda ao longo do ano, fator que determinou a queda dos preços do boi e da carne ao longo do ano passado.
Foram produzidas 8,91 milhões de toneladas, 11,2% a mais que em 2022 e 8,6% acima do recorde anterior, obtido em 2019. O Cepea destaca que, em termos absolutos, o volume de carne aumentou em 900 mil toneladas frente a 2022, ao passo que a exportação em 22,8 mil toneladas, para 2,29 milhões de toneladas – absorveu 25,7% da produção nacional.
O “excedente” ficou no mercado interno, exigindo redução dos preços para que fosse atingido o ponto de equilíbrio com a demanda. Ao longo de 2023, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 recuou 12%, e a carcaça casada de boi no atacado da Grande São Paulo se desvalorizou 9%.
O volume de carne foi histórico, mas a produtividade média do rebanho nacional (boi, vaca, novilho e novilha), na marca de 262,97 kg/animal, ou de 17,5 arrobas, ficou ligeiramente abaixo da obtida nos últimos dois anos.
Fonte: AgroBand
Brasil vai se manter líder na exportação de milho ao menos até 2033, avaliam EUA
O Brasil, que assumiu a liderança mundial nas exportações de milho na safra 2022/23, não deverá perdê-la mais, mesmo com as incertezas deste ano. Já o primeiro posto no ranking de algodão, esperado pelo setor brasileiro, não ocorrerá. Pelo menos até 2033.
As exportações brasileiras de soja avançam ano a ano e vão ser superiores a toda a produção americana no começo da próxima década.
É o que projeta o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para o Brasil nos próximos dez anos, com base em estudo anual em que o órgão avalia o comportamento das exportações dos Estados Unidos e de outros produtores mundiais.
Os óleos vegetais, principalmente o de soja, entram com mais força na corrida para uma energia limpa e renovável, com aumento de produção de biodiesel e de diesel renovável.
O milho, já com grande participação nos combustíveis renováveis nos Estados Unidos, não terá grandes variações, mas aumenta no Brasil. No biodiesel, o Brasil precisará olhar para Japão e Índia, que estarão entre as principais demandas externas; no caso do etanol, os olhares devem ser para Indonésia, Malásia e Coreia do Sul.
As novas projeções dos americanos dependem de efeitos climáticos, muito frequentes atualmente, de conflitos geopolíticos, de renda de produtores, de custos, de juros e da evolução da economia mundial.
Fonte: Folha de S.Paulo
Colheita do arroz: expectativa é de maior produção nesta safra no RS
Esta semana marca o início da 34ª Abertura Oficial do Arroz e Grãos em terras baixas no Rio Grande do Sul, evento que não apenas celebra a cultura do arroz, mas também antecipa uma safra promissora para o estado. O estado, principal produtor nacional de arroz, recebe produtores, especialistas e autoridades do setor para discutir temas relevantes e marcar o início da colheita do cereal.
A expectativa para esta safra é superar os números do ano anterior em termos de produção. O evento destaca a diversificação nas terras baixas, onde culturas como arroz, outros grãos e até a pecuária convivem harmoniosamente, contribuindo para a rentabilidade e sustentabilidade do sistema produtivo.
A gestão potencializando safras é o tema central desta edição, enfocando a importância dos produtores investirem em processos inovadores para obterem resultados satisfatórios. Agricultores como Lauro Ribeiro, da quarta geração na produção de arroz em Santa Vitória do Palmar, compartilham suas experiências de renovação constante em manejo e tecnologias.
Com 50 vitrines tecnológicas abordando mercado, informação e lançamentos, o evento destaca-se como o maior dia de campo do RS. Pela primeira vez, recebe expositores voltados para a indústria do arroz, promovendo ainda mais inovação no setor.
Fonte: Canal Rural
Cereais de inverno podem substituir o milho na alimentação animal
Uma solução promissora emerge dos cereais de inverno, tais como trigo, aveia, centeio, cevada e triticale. De acordo com pesquisas conduzidas pela Embrapa trigo (RS) e Embrapa Suínos e Aves (SC), esses cereais surgem como opções viáveis para substituir o milho na formulação de rações e concentrados destinados à alimentação de suínos e aves.
A crescente demanda por alternativas sustentáveis e economicamente viáveis tem impulsionado o interesse em explorar as propriedades nutricionais e a disponibilidade desses cereais, especialmente durante o período de inverno.
Os cereais de inverno apresentam características nutricionais e agronômicas que os tornam opções atrativas para os produtores. Além de contribuir para a diversificação dos cultivos, sua utilização pode reduzir a dependência dos insumos tradicionais, promovendo uma maior autonomia e sustentabilidade na produção animal.
Everton Krabbe, chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, ressalta a importância do estudo realizado, destacando sua relevância para a agenda de pesquisa e desenvolvimento.
“Os resultados obtidos proporcionam uma visão tranquilizadora, indicando a viabilidade de substituir o milho na dieta de suínos sem comprometer o peso dos animais, a conversão alimentar ou o rendimento de carne magra”, pontuou.
Fonte: Agrolink
Monitoramento agrícola mostra como as condições climáticas impactam as principais regiões produtoras de grãos
De acordo com o Boletim de Monitoramento Agrícola, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na quinta-feira (22/02), nas primeiras semanas de fevereiro, houve chuvas generalizadas em praticamente todas as regiões produtoras favorecendo as lavouras.
Essas precipitações contribuíram para a recuperação e a manutenção do armazenamento hídrico no solo, inclusive em parte do Semiárido do Nordeste, e possibilitaram o início da semeadura de segunda safra de milho e feijão.
Os maiores volumes ocorreram no Centro-Norte do país, com destaque para áreas do Amazonas, Pará, Mato Grosso e de partes do Matopiba (que engloba parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
O Boletim aponta também que, no geral, a umidade do solo se manteve em bons níveis para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos, com exceção de algumas áreas na região Nordeste e nos estados de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Segundo a análise espectral, destacam-se as anomalias negativas em função da antecipação do ciclo fenológico da soja em algumas regiões. Houve redução do Índice de Vegetação (IV) devido à maturação e colheita da leguminosa no Centro-Oeste, Sudeste e no Paraná. Já no Rio Grande do Sul o Índice está em ascensão, acima das safras anteriores, com uma pequena desaceleração no último período, devido à irregularidade das chuvas.
Fonte: Conab
Estudo avalia nutrição em cinco culturas e apura movimentação acima de R$ 140 bilhões
O levantamento FarmkTrak, da Kynetec Brasil, apurou que cinco culturas-âncoras do agronegócio movimentaram, na safra 2022-23, mais de R$ 140 bilhões em produtos para nutrição de plantas.
Cultivos de algodão, cana-de-açúcar e milho safrinha, informa a empresa, passaram a fazer parte da pesquisa, antes centrada na cafeicultura e na sojicultura. Segundo a Kynetec, essas tecnologias corresponderam ainda a 34% da movimentação do mercado de insumos (cerca de R$ 416 bilhões), incluindo defensivos e sementes.
Conforme a especialista em pesquisas da Kynetec, Raquel Ribeiro, a soja puxou as vendas do setor de nutrição, com 58% do total, R$ 81 bilhões, enquanto o milho safrinha absorveu o segundo melhor desempenho: 18% ou R$ 25 bilhões. Cana-de-açúcar, café e algodão tiveram transações de R$ 18 bilhões (13%), R$ 9 bilhões (7%) e R$ 5 bilhões (4%), respectivamente.
Segundo Raquel, entre as categorias de produtos, a mais relevante do FarmTrak Nutrição foi a de adubação de base/cobertura, equivalente a 84% do mercado (R$ 117 bilhões).
“Trata-se do manejo que concentra a principal fonte de nutrientes dos cultivos”, ela ressalta. “Os volumes utilizados nesta operação são bastante elevados, embora o resultado também esteja relacionado à dependência do Brasil quanto a fertilizantes importados, atrelados a flutuações de preços e taxas de câmbio”, explica.
Fonte: Revista Cultivar
Estimativa de produção diminui para 152,2 milhões de toneladas, diz Rally da Safra
Após percorrer quase 30 mil quilômetros em 33 dias de viagem, com 125 municípios visitados, o Rally da Safra concluiu 60% da etapa soja trazendo resultados que levaram à redução da estimativa de safra em 1,6 milhão de toneladas em relação à projeção divulgada em 18 de janeiro, chegando agora a 152,2 milhões de toneladas (4,7 % abaixo da safra anterior). A produtividade média do Brasil também foi revista pela Agroconsult, organizadora da expedição, para 55,5 sacas por hectare.
No Mato Grosso, os técnicos do Rally avaliaram lavouras nas regiões norte, oeste, médio norte e sudeste do estado. As áreas plantadas entre início de setembro e meados de outubro, que correspondem a cerca de 40% do total, foram as mais prejudicadas pelas altas temperaturas e baixo volume de chuvas, principalmente aquelas destinadas ao algodão.
Já as áreas plantadas ao longo de outubro e novembro tem apresentado melhor potencial, apesar de também terem sido afetadas pelo clima. A estimativa de produtividade para o estado foi mantida em 52,5 sacas por hectare, 17,7% abaixo da safra anterior. Da mesma forma, em Goiás as lavouras plantadas em setembro e início de outubro foram as mais afetadas e apresentam perda de potencial.
Fonte: Agroclima
Vendas do agro ao exterior atingem US$ 11,7 bi
As receitas com exportações de produtos agropecuários alcançaram US$ 11,72 bilhões em janeiro, informou o Ministério da Agricultura. O valor, recorde para o mês, é 14,8% superior ao obtido em igual período de 2023. O setor respondeu por 43,4% dos embarques totais do País no último mês.
Em nota, a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais da pasta atribui o resultado recorde ao aumento de 21,8% do volume exportado, sobretudo de grãos (+19,7%) e de açúcar (+58,1%), que compensou o recuo anual de 5,8% no índice de preços dos produtos exportados.
Em janeiro, os cinco principais setores exportadores do agronegócio foram complexo soja (21,4% do total em valor exportado), complexo sucroalcooleiro (15,7%), carnes (15,4%), cereais, farinhas e preparações (12,5%) e produtos florestais (10,7%). Juntos, esses setores responderam por 75,6% das exportações do agronegócio no mês.
A China seguiu como o principal destino das vendas externas dos produtos agropecuários do País, com US$ 61,5 bilhões exportados (alta anual de 2,7%), respondendo por 36,4% do total embarcado pelo País. Em seguida vem os Estados Unidos, com US$ 10,04 bilhões.
Fonte: Exame