Farm News 08/01 a 14/01
Brasil eleva presença mundial no agro e lidera exportação de dez produtos
O ano passado foi tão favorável ao agronegócio brasileiro no comércio exterior que o país assumiu a liderança mundial de exportações de mais dois produtos agrícolas. Agora são dez.
Foram acrescentados à lista milho e farelo de soja. Com relação ao milho, o Brasil ocupa o lugar dos Estados Unidos. No caso do farelo, preenche a liderança deixada pela Argentina, país que sofreu forte influência do clima no ano passado.
Além dos novos produtos, o Brasil liderou, em 2023, as exportações mundiais de soja, açúcar, café, suco de laranja, carne bovina, carne de frango, tabaco e celulose. Apesar da queda média dos preços internacionais das commodities, o agronegócio brasileiro atingiu o recorde mundial de US$ 167 bilhões em exportações no ano passado, 5% a mais do que em 2022.
Já as importações, devido à queda nos preços dos insumos, recuaram para US$ 39,5 bilhões, 24% a menos. Os dados incluem alimentos e parte dos insumos utilizados pela agropecuária. As duas novas lideranças mundiais conquistadas pelo Brasil em 2023 deverão ser perdidas neste ano.
O país conseguiu exportações recordes de 55,9 milhões de toneladas de milho em um ano em que os americanos, líderes mundiais nas vendas externas deste cereal, tiveram uma queda de volume.
Fonte: Folha de S.Paulo
Comércio global de farinha de trigo projetado em alta
A previsão para o comércio global de farinha em 2023-24 foi revisada ligeiramente para cima pelo Conselho Internacional de Grãos (IGC) em sua atualização trimestral de 11 de janeiro. O Conselho projeta que os embarques atinjam 14,7 milhões de toneladas (equivalente de trigo), um aumento de 200.000 toneladas em relação à previsão de outubro.
A IGC afirmou que o aumento previsto está principalmente ligado a remessas invulgarmente grandes provenientes da Turquia, que é sempre o maior exportador mundial de farinha. As exportações turcas aumentaram substancialmente para a África Subsaariana.
“Os dados alfandegários disponíveis indicam que as entregas da Turquia para aquela região nos primeiros quatro meses da temporada 2023-24 (julho-junho) atingiram 900.000 toneladas, o maior em pelo menos 15 anos e quase três vezes mais em comparação com o período de cinco anos. média para esse período”, disse o IGC. “Os envios para a Somália, o Sudão e o Djibuti têm sido particularmente fortes, com as entregas a este último a serem maioritariamente transbordadas para a Etiópia.”
A IGC afirmou que as exportações turcas para a África Subsaariana mais do que compensaram os atrasos nos embarques para destinos como a Síria, o Iémen e o Sri Lanka.
Fonte: Agrolink
Safra de soja 2023/24 pode ter quebra de 8% a 25%, dependendo do estado
O setor produtivo vê quebra de 8% a 25% na safra brasileira de soja de 2023/24, variando conforme o estado. A irregularidade das chuvas é um fator relatado em unanimidade por todos os estados, com déficit hídrico no Centro-Oeste e no Norte do país e excesso de chuvas na região Sul.
Em Mato Grosso, principal produtor do grão, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) estima perda de 15% a 17% na produção. “Há regiões com quebra de até 50% em virtude da redução de produtividade da safra da soja. Para a segunda safra de milho, o desenvolvimento da soja vai comprometer a janela de plantio”, disse o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.
Os números foram apresentados nesta quinta-feira (11), pelos representantes setoriais de cada estado na reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja e da Câmara do Milho do Ministério da Agricultura para mensurar a quebra da safra.
No Paraná, a Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja-PR) estima queda de 18% a 25% na produtividade, com a safra saindo de 22 milhões de toneladas para 17,5 milhões de toneladas. “É uma quebra acentuada”, afirmou o representante da Aprosoja-PR Mateus Moreira.
Fonte: Canal Rural
Exportações totais de carne bovina em 2023 tiveram queda de 17% na receita
As exportações de carne bovina (in natura + processada) nos 12 meses de 2023 apresentaram queda de 17,15% na receita em relação a 2022, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), com base em dados oficiais. No volume movimentado, porém, a exportação se recuperou e apresentou alta de 8,15% sobre 2022.
Em 2022 a receita com as exportações foi de US$ 13,09 bilhões e em 2023 este valor caiu para US$ 10,845 bilhões. Foram exportadas 2.345 milhões de toneladas do produto em 2022 e, em 2023, a movimentação alcançou 2.536 milhões de toneladas. A queda na receita foi provocada por preços médios menores praticados nos principais países importadores.
No caso da China, responsável por metade da carne bovina exportada pelo Brasil, a queda foi de 25,43% em 2023, para US$ 4.761 por tonelada, frente ao ano anterior. Nos EUA, segundo maior comprador da carne bovina brasileira no mercado internacional, a queda em 2023 foi de 38%, para US$ 3.121/ton.
No geral, o preço médio da carne bovina exportada pelo Brasil em 2023 foi de US$ 4.277/ton., em comparação com os US$ 5.583/ton. obtidos em 2022.
Fonte: ABRAFRIGO
Calor intenso impacta a venda de frutas, legumes e verduras no Brasil
As variações extremas e recordes de temperaturas, com calores intensos seguidos de quedas bruscas de temperatura, têm refletido negativamente no comércio de verduras, frutas e hortaliças, que sofrem com esta alta variabilidade climática e ficam mais vulneráveis e frágeis.
Consequentemente, as perdas desses alimentos aumentam em todos os elos da cadeia, desde a produção e logística ao consumidor final.
Com isso, os cuidados no cultivo, transporte, armazenagem e estoque precisam ser revistos, impactando no valor dos alimentos frescos. De acordo com o IBGE, a inflação em dezembro, no subgrupo Alimentação no domicílio subiu 1,34%.
Os destaques foram a batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). Já o IPEA fez uma projeção de safra 2,8% menor que a registrada em 2023, impactada pelos efeitos do El Niño.
As ondas de calor previstas no primeiro quadrimestre de 2024 também podem prejudicar as plantações de tubérculos, verduras, legumes e frutas, desta forma, as altas projetadas para os alimentos, neste ano, são de 3,9% no IPCA e de 4,1% no INPC. Um dos principais fatores que o aumento das temperaturas influencia é a aceleração do amadurecimento das frutas.
Fonte: Agro Band
USDA reduz para 12,43 mi de fardos safra 23/24 de algodão dos Estados Unidos; BR com 14,56 mi
A safra 2023/24 de algodão dos Estados Unidos passou a ser estimada em 12,43 milhões de fardos, ante 12,78 milhões no relatório anterior. Os dados são do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, em inglês) que divulgou seu boletim de oferta e demanda nesta sexta-feira (12).
Os estoques finais da fibra na nova safra do país são apontados em 2,90 milhões de fardos, sobre 3,10 milhões no último reporte. As exportações passaram a ser projetadas no novo ciclo de produção em 12,10 milhões de fardos na temporada 2023/24.
Já a safra 2023/24 de algodão do Brasil foi mantida em 14,56 milhões de fardos. Os estoques foram também mantidos em 5,54 milhões de fardos. As exportações são esperadas no novo ciclo em 11,50 milhões de fardos.
A produção mundial 2023/24 de algodão foi elevada para 113,18 milhões de fardos, sobre 112,92 milhões na estimativa anterior do USDA. Os estoques finais são projetados no novo ciclo de produção global em 84,38 milhões, sobre 82,40 milhões de fardos da estimativa anterior do USDA.
Fonte: Notícias Agrícolas
Setor de fertilizantes vê safra 2023/24 com otimismo
Embora a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostre recuo de 4,2% no volume de grãos da safra 2023/24, em relação à expectativa no início da temporada, o volume a ser colhido na soja pode ter aumento de 0,4% ante a safra anterior, chegando a 155,27 milhões de toneladas.
Este número, junto à projeção de 117,60 milhões de toneladas para o milho e os preparativos para 2024/25, contribui para que o setor de fertilizantes seja otimista quanto ao desempenho de 2024 – mesmo fora da janela ideal de comercialização.
O atraso no plantio da safra 2023/24 tem motivado a postergação da compra de insumo da safrinha de milho, cujo fator El Niño se torna mais desafiador, por causa de um período mais restrito de semeadura.
Diante disso, o fertilizante, conhecido por ser o fornecedor de nutrientes para a planta, não pode faltar no solo, principalmente no momento em que a planta precisa crescer praticamente de forma cronometrada.
Na avaliação da Argus, os agricultores estão aguardando uma relação de troca favorável para efetuar as compras – quando um determinado volume de produção é trocado por uma tonelada de fertilizante.
Fonte: Exame