Farm News 18/12 a 24/12
Complexo soja: veja produção, receita e exportação para 2023 e 2024
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) atualizou as estatísticas mensais do complexo soja no Brasil até novembro de 2023 e as projeções para 2024.
Os dados compilados de janeiro a novembro deste ano indicam que a produção do grão deve crescer um pouco e chegar a 158,7 milhões de toneladas, com manutenção do processamento em 53,6 milhões de ton.
As estimativas para os coprodutos da soja permanecem inalteradas. A produção de farelo em 41 milhões de ton e a de óleo em 10,8 milhões de ton.
De acordo com a entidade, as projeções para exportações indicam:
- Pequeno aumento da soja em grão, chegando a 101,5 milhões de ton;
- Farelo crescendo para 22,2 milhões de ton; e
- Manutenção do óleo de soja em 2,35 milhões de ton
A expectativa de receita proveniente dessas exportações em 2023 está mantida em US$ 67,1 bilhões. As estimativas para 2024 também foram revisadas pela Abiove. A produção de soja deve ficar em 160,3 milhões de ton, número inferior à última projeção (161,9 milhões), com um processamento mantido em 54,5 milhões de ton.
Fonte: Canal Rural
Apesar do clima, Paraná deverá ter boa safra de soja
Boa parte dos produtores de soja do Paraná pode passar por esse ano de dificuldades climáticas sem grandes traumas. Pelo menos é o que indicam as condições das lavouras de 2023/24 até agora.
No norte do estado, o quadro é excepcional, afirma Carlos Hugo Winckler Godinho, do Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná. Embora o produtor tenha tido dificuldades no plantio, devido ao tempo quente e a pouca chuva, as lavouras se desenvolvem bem.
As duas últimas semanas de sol permitiram uma boa evolução das plantas, que cresceram e as copas delas se encontraram, mantendo o solo mais úmido e evitando a evapotranspiração.
No oeste do estado, o excesso de chuva provocou erosão em algumas áreas, obrigando os produtores a fazer um replantio. Os custos de produção subiram, mas as lavouras não apresentam grandes problemas, segundo o analista do Deral. O replantio de soja no estado deverá ser de 2%, prevê o Deral.
Já as regiões sul e sudeste do estado tiveram um cenário um pouco mais complicado, com pouca luminosidade. O sol dos últimos dias, porém, ajudou no desempenho das lavouras. As condições não são excelentes, mas podem ser classificadas como boas, afirma ele.
Fonte: Folha de S.Paulo
Balanço de novembro: exportações de café crescem 15,4% e atingem 4,3 milhões de sacas
As exportações dos Cafés do Brasil em novembro de 2023 apresentaram uma evolução de 15,4%, em comparação com o mesmo mês em 2022, ao totalizar 4,33 milhões de sacas de 60kg.
Destaque para o café robusta que apresentou um expressivo crescimento de 678%, se comparado com novembro do ano passado, com 856 mil sacas exportadas, volume que representa 20% do total embarcado no mês.
O café arábica foi responsável por 75% dos embarques com 3,24 milhões de sacas, uma redução de 3,4% nas mesmas bases comparativas. Com o equivalente a 5% do volume total exportado no mês, o café solúvel teve o equivalente a 231,3 mil sacas embarcadas.
A despeito do volume das exportações terem aumentado 15,4%, a receita cambial gerada com os embarques diminuiu 10,2%, na comparação entre os meses de novembro de 2022 e 2023, ao totalizar US$ 810 milhões.
Com o desempenho de novembro, as exportações dos Cafés do Brasil, nos cinco primeiros meses da safra 2022/2023, totalizaram 18,77 milhões de sacas de 60kg, o que representa um aumento de 16,2% no volume exportado, se comparado com o mesmo período da safra anterior.
Fonte: Notícias Agrícolas
Produtividade média da cana-de-açúcar cresce 15 toneladas por hectare
Na reta final da safra de cana no Centro-Sul, as produtividades acumuladas se mostram muito superiores às da temporada anterior (2022/2023), com destaque para as regiões de Araçatuba (37,8%) e São José do Rio Preto (26,9%). Os dados são do Boletim de ‘‘Olho na Safra’’, divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).
No acumulado de abril a novembro, a média da produtividade dos canaviais do Centro-Sul cresceu 20,4% em relação a igual período da safra anterior, para 88,1 toneladas por hectare, superando em 15 toneladas por hectare o índice de 2022/2023. No mês de novembro, a produtividade cresceu 11,4% nesta safra em relação à anterior, alcançando 78,6 toneladas por hectare, segundo o CTC.
O ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) caiu no mês de novembro em praticamente toda a região Centro-Sul, exceção de Goiás e Mato Grosso do Sul. As possíveis razões para essa queda são o atraso da colheita e o aumento das chuvas. O ATR representa a qualidade da cana-de-açúcar e capacidade em ser convertida em açúcar ou álcool por meio dos coeficientes de transformação de cada unidade produtiva.
Fonte: AgroBand
Mercado de sementes: crescimento robusto, mas com desafios a superar
De 2001 a 2023, o Brasil aumentou sua produção de grãos em mais de três vezes, passando de 100 milhões para mais de 300 milhões de toneladas de grãos na safra 2022/23, mesmo com dificuldades climáticas na região sul observadas nos últimos dois anos.
“Os incrementos de produtividade foram, em média, de aproximadamente 2% ao ano nesses últimos 20 anos”, analisa o segundo vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates), engenheiro agrônomo Geri Eduardo Meneghello.
O aumento na produção de grãos nessas últimas décadas foi impulsionado por avanços tecnológicos e ganho genético de cultivares mais adaptadas, colocando o Brasil entre os principais players do agronegócio.
O segundo vice-presidente da Abrates destaca a importância das sementes de alta qualidade como ferramenta para a disseminação das inovações nas propriedades rurais, abrangendo não apenas grãos, mas também setores como forrageiras, olerícolas, medicinais e ornamentais.
“A demanda por sementes de qualidade está aquecida, tanto no mercado interno quanto externo. Quem conseguir produzir sementes de qualidade em escala, respeitando o arcabouço legal, certamente terá um diferencial competitivo”, diz Geri.
Fonte: Revista Cultivar
Nitrato de amônio exige atenção no armazenamento no Brasil
O Nitrato de amônio, amplamente utilizado como fertilizante em diversas culturas, revela um alto potencial explosivo muitas vezes negligenciado. A substância, comum em plantações de café e soja no Brasil, tem histórico global de acidentes quando exposta a pressão ou calor.
A falta de legislação específica no país sobre o armazenamento desse produto pode representar um perigo invisível em grandes empresas dos setores industriais e do agronegócio. Entretanto, soluções estruturais podem minimizar os riscos, e especialistas alertam para a necessidade de atenção e cuidados no manuseio dessa substância.
“Há desconhecimento do perigo dessa substância”, comenta Felipe Capucci, Gerente de Projetos da Gerolin Engenharia. “Quando aquecido, o Nitrato de amônio entra em decomposição, liberando Nitrogênio, oxigênio e água, podendo produzir uma onda de choque.
O Nitrato de amônio decompõe muito rápido”, acrescenta. A rapidez da decomposição torna essencial a implementação de medidas preventivas já na engenharia de fábricas e armazéns.
Um exemplo marcante de consequências devastadoras relacionadas ao nitrato de amônio ocorreu em Beirute, em 2020. Uma mega explosão na zona portuária foi seguida pelo incêndio em um armazém que continha mais de duas mil toneladas da substância, sem medidas de segurança adequadas. O evento trouxe à tona a importância global de adotar práticas seguras no armazenamento desse composto.
Fonte: Agrolink
Ventos no Brasil ajudam a disseminar casos de ferrugem asiática na safra 23/24
Mato Grosso do Sul confirmou duas ocorrências de ferrugem asiática da safra de soja 23/24. A informação é da Fundação Mato Grosso do Sul. Uma das lavouras está localizada em Laguna Carapã, na região sudoeste do estado, foi plantada na 2ª quinzena de setembro e está no estádio fenológico R5.
Até o dia 20/12, o Consórcio Antiferrugem, plataforma de monitoramento gerenciada pela Embrapa, identificou 110 casos em todo o Brasil. Além de 2 casos em Mato Grosso do Sul, o estado do Paraná tem registro de 83 focos, Rio Grande do Sul tem 16; Santa Catarina tem 4, Minas Gerais 2 e São Paulo tem 3.
O fungo da ferrugem dissemina-se facilmente com o vento e o seu controle deve ser iniciado preventivamente ou nos primeiros sintomas para maior eficiência. Atrasos nas aplicações podem levar a falhas de controle.
As semeaduras tardias causadas pelo excesso de chuvas no Sul e menor volume de chuvas no Centro-Oeste podem aumentar a janela de semeadura e, nas semeaduras tardias, a doença tende a ser mais severa pelo aumento de inóculo do fungo.
Ventos oriundos do sistema de alta pressão sobre o Atlântico Sul atuam sobre o Nordeste do Brasil, favorecendo a ocorrência de rajadas de vento pela costa e interior da região.
Fonte: Agroclima