Farm News 11/12 a 17/12 

Farm News 11/12 a 17/12 

18 de dezembro de 2023 0 Por admin


Exportações do agronegócio foram de us$ 13,48 bilhões

As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,48 bilhões em novembro de 2023, um valor US$ 1,33 bilhão superior na comparação com os US$ 12,15 bilhões exportados no mesmo mês de 2022. Com esse resultado, atingiu-se recorde de exportação para os meses de novembro, que correspondeu a 48,4% das exportações totais do Brasil.

O resultado de novembro, segundo indicam dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, que subiu 19,2%. Apesar da queda de 6,9% nos preços médios de exportação dos produtos do agronegócio brasileiro, impossibilitando o registro de um valor ainda mais expressivo nas exportações. 

A safra recorde de grãos 2022/2023 possibilitou o aumento do volume exportado pelo Brasil. Neste ano de 2023, até novembro, o Brasil já exportou praticamente 180 milhões de toneladas diretas de grãos ou 56% da safra total, que foi de 319,97 milhões de toneladas. 

Soja em grãos, açúcar de cana, farelo de soja e carne bovina são, para os analistas da SCRI, os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês. 

Fonte: Agrolink

Queda de preços faz produtor colocar menos recurso na soja

Com queda nos preços dos insumos básicos para a produção, como fertilizantes, agroquímicos e sementes, o volume de recursos necessários para o custeio da safra de soja de 2023/24 de Mato Grosso caiu para R$ 50,4 bilhões, 16% a menos do que em 2022/23.

É uma safra que, devido à redução dos preços da soja nos mercados interno e externo, levou o produtor a colocar menos recurso próprio para cobrir as despesas e a buscar outros meios de captação de dinheiro.

Dados do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) indicam que a participação dos agricultores, em relação ao total geral que será gasto na safra, recuou para 31,6%, abaixo dos 33% de 2022/23.

Já bancos com recursos federais e revendas elevaram a presença no fornecimento. Multinacionais e o sistema financeiro tiveram participação menor. Segundo o Imea, os produtores de Mato Grosso vão destinar R$ 15,9 bilhões de seus bolsos para o custeio da safra de soja. Na anterior, haviam desembolsado R$ 18,9 bilhões.

Nesta safra, os gastos com fertilizantes e corretivos recuaram 25,5%, em relação aos da anterior, e o custo das sementes foi 19,7% menor.

Fonte: Folha de S.Paulo

Produção de café cresce 8,2% em 2023 e chega a 55,1 milhões de sacas

A produção brasileira de café atinge uma colheita de 55,1 milhões de sacas beneficiadas, um crescimento de 8,2% em relação ao ciclo de 2022, como mostra o 4º Levantamento da de Café 2023. 

Divulgado dia 14/12 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o boletim mostra que o incremento é influenciado pela recuperação da produtividade, em torno de 6,3%, chegando a 29,4 sacas colhidas por hectare. Aliado a isso, a estatal verificou uma elevação de 1,8% na área em produção, chegando a 1,87 milhão de hectares. Já a área em formação teve uma queda de 9,5%, sendo estimada em 361,6 mil hectares.

O volume colhido é o terceiro maior da série histórica e acontece mesmo em um ano de bienalidade negativa, uma vez que a temporada de 2022 teve seu desempenho influenciado por condições climáticas adversas ao longo do desenvolvimento da cultura. Se o atual resultado for comparado com o ano de 2021, último de bienalidade negativa, a alta chega a 15,4%.

O bom resultado é reflexo da recuperação da produção das lavouras de café arábica, que representa 70,7% do volume total de café produzido no país. 

Fonte: AgroBand

Pesquisa propõe método eficiente de amostragem de solos agrícolas para monitoramento do Carbono

O método de amostragem de solos agrícolas, crucial para correção e fertilização, é muito conhecido e utilizado pela comunidade agrícola brasileira. O país, com suas práticas eficientes, tem registrado índices de produtividade crescentes em diversas culturas.

No entanto, diante das crescentes preocupações com as mudanças climáticas, afetadas pelos gases de efeito estufa, uma nova questão emergente: qual método é mais adequado para amostrar os solos agrícolas e determinar o conteúdo de carbono estocado?

Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente conduziram um estudo explorando a relação entre a amostragem do solo e a variabilidade das estimativas de estoque de carbono. Segundo Alfredo Luiz, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, o estudo concluiu que, para estimar o estoque de carbono até os 30 cm, um tamanho amostral de 9 pontos de coleta por talhão agrícola homogêneo (de até 50 hectares) se mostrou suficiente, garantindo uma precisão igual ou menor que 10% de coeficiente de variação na estimativa média.

“Os resultados desse estudo visam contribuir para a criação de um protocolo que permita o monitoramento preciso do carbono no solo. Essa etapa é fundamental para a participação do setor agrícola no tão aguardado mercado de carbono”, destaca Luiz.

Fonte: Revista Cultivar

Clima provoca quebra de produtividade na safra de trigo gaúcha

A colheita do trigo está tecnicamente encerrada no Rio Grande do Sul. Em termos gerais, estima-se que a área colhida está muito próxima a 100% da área cultivada. A produtividade inicial estimada pela Emater/RS-Ascar era de 3.021 kg/ha e a revista, ao iniciar a colheita, é de 2.164 kg/ha.

Contudo, os resultados ainda foram mais impactados pela baixa qualidade do produto obtido, com predomínio de grãos sem características adequadas à indústria de farináceos. Consequentemente, os efeitos econômicos da safra foram insatisfatórios.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a colheita foi finalizada, mas resta pequena área na Campanha, nos municípios de Caçapava do Sul, Dom Pedrito e Lavras do Sul, representando 0,67% da área cultivada na região.

O clima tem sido favorável para a colheita das últimas lavouras, embora a quebra na produtividade e na qualidade dos grãos já esteja consolidada devido às condições climáticas adversas durante toda a primavera.

Estima-se que em 54% da produção, o PH apresentou-se abaixo de 76; em 27%, o PH situou-se entre 76 e 78; e apenas 19% apresentaram grãos de melhor qualidade, com PH superior a 78.

Fonte: Agroclima

Sojicultor do Brasil enfrenta escassez de sementes com replantio provocado por El Niño

Os produtores brasileiros de soja, alguns dos quais foram forçados a replantar suas lavouras devido ao clima adverso no início da temporada, estão enfrentando uma escassez de sementes no mercado, uma vez que os fornecedores ficaram sem as principais cultivares, disse o CEO da Boa Safra Sementes, Marino Colpo, em uma entrevista à Reuters.

A escassez de sementes de soja no Brasil é o exemplo mais recente das consequências do padrão climático El Nino, que atrasou o plantio de soja no maior produtor mundial da oleaginosa e comprometeu as perspectivas da segunda safra de milho em 2024.

O milho segunda safra é plantado depois da soja nas mesmas áreas e representa cerca de 75% da produção nacional.

O El Niño tornou o Centro-Oeste do Brasil mais quente e seco e o sul muito mais úmido, e seus efeitos estão sendo sentidos em toda a cadeia de suprimentos.

Um analista de fertilizantes disse que a demanda por nutrientes para o plantio de milho segunda safra diminuiu em comparação com as temporadas anteriores, já que os agricultores provavelmente cultivarão menos para limitar exposição ao risco climático.

Fonte: Forbes

El Niño: América do Sul deve sofrer com eventos extremos no verão

A América do Sul deve registrar um verão com alta probabilidade de eventos meteorológicos extremos, por causa do El Niño, com impacto na atividade agropecuária dos países.

As informações constam em um relatório científico apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), em Dubai, aos ministros e altos funcionários de agricultura da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai, nações que integram o Conselho Agropecuário do Sul (CAS), informa o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em comunicado.

Em termos exatos, o início do verão no Hemisfério Sul será no dia 22 de dezembro, à 00h27 (horário de Brasília), e termina em 20 de março de 2024, à 00h06, data de início do outono.

O documento científico apresentado antecipa que são previstas chuvas acima do normal, aumento dos rios que podem provocar inundações e tempestades extremamente fortes na Grande Bacia do Prata, que inclui a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e o sul do Brasil.

Situação oposta ocorrerá no Norte e o Nordeste do Brasil, onde se esperam secas intensas e severas. Em boa parte do território chileno, entretanto, as previsões indicam que serão registradas temperaturas superiores às habituais.

Fonte: Canal Rural