Farm News 04/12 a 10/12
PIB da agropecuária cresce 18,1% no acumulado do ano
O PIB da agropecuária cresceu 18,1% no acumulado do ano, quando comparado a igual período do ano anterior, esse é o maior resultado para o período dos últimos 28 anos da série histórica. O forte crescimento do setor puxou o PIB brasileiro, que cresceu 3,2% na mesma base de comparação. As informações são da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária).
Caso a agropecuária não tivesse apresentado crescimento em 2023, o Brasil teria crescido somente 1,7%, dessa forma o setor foi responsável por cerca de 47,5% da taxa de crescimento do PIB no ano. Com o atual resultado, a participação do setor representa 8,11% do PIB total.
No terceiro trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 0,1%, quando comparado ao trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal), totalizando R$ 2,741 trilhões no período, sendo o terceiro resultado positivo e consecutivo do indicador em bases trimestrais.
Destaca-se que no terceiro trimestre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza revisões dos últimos resultados, sendo revistos todos os trimestres de 2022 e 2023. Quanto aos setores e aos subsetores da economia, considerando a variação entre o terceiro trimestre de 2023 com o segundo trimestre, a maior queda foi registrada na Construção (-3,8%), setor bastante afetado pelo elevado patamar da taxa de juros.
Fonte: CNA
Período sem chuvas permite avanço na semeadura dos principais grãos de verão no RS
Em uma extensa área do Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões mais à Oeste, a predominância de um período com baixa incidência de chuvas nos últimos dias propiciou um avanço significativo na semeadura da soja, compensando em parte o atraso anterior. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado dia 7/12 pela Emater/RS, o índice de área semeada no Rio Grande do Sul atingiu 76%.
No Planalto Médio, a proporção já ultrapassa 90%, e a emergência das plantas apresenta melhorias substanciais em comparação às áreas plantadas no início de novembro. As plantas emergem com maior vigor, as folhas unifoliadas são bem desenvolvidas e as hastes mais robustas. Além disso, é possível observar uma coloração foliar mais intensamente verde no aspecto visual das lavouras.
O percentual de área implantada de milho totaliza 87% da projetada. A predominância de sol na maioria das regiões do RS foi benéfica também para as lavouras de milho, abrangendo todas as fases de desenvolvimento.
Houve melhoria perceptível no aspecto visual das lavouras e as folhas apresentam maior secura, reduzindo assim a probabilidade de avanço de doenças foliares. No entanto, no Noroeste, os danos já registrados nas lavouras de milho ainda afetam os cultivos e podem prejudicar a manutenção do potencial inicial de produção.
Fonte: Revista Cultivar
Produtores de milho do Paraná terminam plantio da 1ª safra
O plantio da primeira safra de milho no Paraná foi encerrado nesta semana cobrindo 312 mil hectares. A expectativa é colher 3 milhões de toneladas. Esse é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 1º a 7 de dezembro.
O documento, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), traz também informações sobre outras culturas.
No caso do milho, a baixa luminosidade prejudicou o desenvolvimento das plantas, o que pode baixar um pouco a projeção de produtividade em relação ao ciclo de 2022. A área deste ano é 18% menor que a do último ciclo, quando a primeira safra se estendeu por 379,1 mil hectares. No início deste ano foram colhidas 3,7 milhões de toneladas na primeira safra.
Novamente se confirma a tendência, verificada a partir da década de 80, de a primeira safra perder importância em relação à segunda, que ainda é chamada de “safrinha” como no período em que realmente era menor. Em 2022 ela rendeu 14 milhões de toneladas de milho.
A segunda safra é plantada entre janeiro e abril e provavelmente o trabalho será mais ágil em 2024, com a perspectiva de que não haja atraso na colheita da soja como ocorreu em 2023.
Fonte: Secretaria de Agricultura do Paraná
Empresa japonesa arremata lote de café brasileiro por R$ 253 mil
Um lote de café brasileiro, produzido por uma fazenda localizada no interior de São Paulo, foi arrematado por uma empresa japonesa pela bagatela de R$ 253 mil, em leilão realizado dia 6/12.
O valor foi o mais alto já registrado no mercado de cafés, conforme a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). O leilão teve os maiores lances médios da história, durou nove horas e comercializou 30 lotes que haviam sido premiados no Cup of Excellence Brazil 2023, um dos mais importantes concursos de qualidade do café do mundo.
De acordo com a BSCA, foram 2.989 lances e a cotação média ficou em US$ 19,99 por libra-peso, ou R$ 13 mil por saca de 60 kgs. A empresa Sarutahiko Coffee pagou R$ 253,3 mil para adquirir um lote do café vencedor da categoria Via Seca do Cup of Excellence produzido pela Fazenda Rainha, da Orfeu Cafés. A fazenda produz cafés especiais em São Sebastião da Grama (SP).
O segundo maior lance do leilão foi dado ao campeão da categoria Via Úmida produzido na fazenda Rio Verde, do grupo Ipanema Agrícola, de Conceição do Rio Verde (MG). O lote foi adquirido pelo Grupo Cafeza, do Brasil, por R$ 40,7 mil/saca, totalizando R$ 101,6 mil por todo o lote.
Fonte: AgroBand
Emissão de gases pela pecuária é menor que o divulgado, diz estudo
Denominado “Pecuária Bovina e Mudanças Climáticas nas Américas”, o estudo foi apresentado na Casa da Agricultura Sustentável, espaço montado pelo IICA na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Para Viglizzo, pesquisador sobre pecuária e mudanças climáticas, os estudos que definem a participação da pecuária na emissão de gás carbônico estão, na verdade, atribuindo ao setor emissões de outras atividades que vêm no pós-porteira, como transporte, processo industrial e distribuição.
Na avaliação dele, apenas as emissões relacionadas às atividades de produção da pecuária deveriam ser computadas para ela.
Manuel Otero, diretor-geral do IICA e que participou da apresentação do estudo, afirmou que a pecuária vem passando por importantes avanços na busca de redução dos impactos no solo, na conservação de água e na queda das emissões de carbono. “Temos que demonstrar isso nos foros internacionais, e é o que estamos fazendo”, afirmou.
Para Viglizzo, se fossem computadas ao gado apenas as suas emissões biogênicas (o metano e o óxido nitroso, produtos da fermentação entérica), a emissão global de carbono ficaria abaixo de 5%. O cientista afirma que os métodos de avaliação atuais permitem determinar os produtores que geram créditos de carbono, os que são neutros e os que emitem.
Fonte: Folha de S.Paulo
Produção de rações no Brasil deve crescer 1,5% em 2023, diz Sindirações
A produção de rações para animais e sal mineral no Brasil deve somar 87 milhões de toneladas em 2023, alta de 1,5% ante o ano passado, projetou nesta quinta-feira o Sindirações, entidade que representa a indústria.
O milho é matéria-prima de cerca de 60% da ração animal produzida no país, enquanto o farelo de soja responde por aproximadamente 21%, segundo dados do Sindirações.
Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, disse em entrevista coletiva que no início do ano as perspectivas eram mais otimistas para a produção e a demanda por ração animal no Brasil, sede de alguns dos maiores frigoríficos do mundo.
No entanto, fatores como o aumento dos custos no setor suíno e a menor procura por parte do segmento de produção de leite e lacticínios, que enfrentou forte concorrência das importações, pesaram sobre o mercado, disse ele.
Para 2024, o Sindirações prevê que as empresas produzirão cerca de 89 milhões de toneladas de rações para atender a demanda interna, o que representa um aumento de 2,5% em relação ao nível previsto para 2023.
Apesar do crescimento projetado para o setor no próximo ano, as empresas brasileiras de matérias-primas estão se preparando para uma queda potencial na produção de milho no próximo ano, disse Zani.
Fonte: Notícias Agrícolas
Produção de arroz deve crescer 2,3% e ser de 10,5 milhões de t em 2024, diz IBGE
O Brasil deve colher mais arroz em 2024, segundo os dados do segundo Prognóstico para a Produção Agrícola do ano que vem, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção de arroz deve somar 10,5 milhões de toneladas, 2,3% maior que a de 2023, com área a ser colhida 4,6% superior e rendimento médio 2,2% menor.
“Os preços do arroz estão relativamente elevados, o que deve estimular os produtores a ampliar as áreas de plantio e a investir mais nas lavouras. Além disso, as chuvas na região Sul devem garantir água suficiente para irrigação”, frisou o IBGE.
O segundo prognóstico para a produção de feijão para 2024 é de 3,1 milhões de toneladas, alta de 3,8% em relação a 2023. A primeira safra do grão deve somar 1,0 milhão de toneladas, enquanto a segunda safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, e a terceira safra foi prevista em 694,9 mil toneladas.
“A produção estimada deve atender ao consumo interno de 2024, não devendo haver pressão nos preços do produto ao consumidor”, avaliou o IBGE. A estimativa para a produção de algodão em 2024 é de 7,4 milhões de toneladas, 4,4% menor que o previsto para 2023.
Fonte: Exame