Farm News 16/10 a 22/10
Área de soja tem 17º avanço consecutivo, diz Datagro Grãos
No segundo levantamento sobre a safra 2023/24 de soja do Brasil, a Datagro Grãos confirma o 17º ano consecutivo de incremento da área plantada com a oleaginosa no país, passando de 44,684 milhões de hectares na temporada passada para 45,724 milhões de hectares no atual ciclo.
O número representa um aumento de 2,3%. “São números preliminares e parciais, que podem ainda ser ajustados nos próximos levantamentos. Nas safras colhidas em 2013, 2014, 2015, 2017, 2020, 2022 e 2023, o número final de plantio acabou superando em maior proporção as estimativas de intenção de plantio”, observa o economista e líder de conteúdo da consultoria, Flávio Roberto de França Junior.
O aumento de área deve acontecer em todo o país e de forma mais homogênea do que nos últimos anos. “A soja deve avançar sobre áreas de milho de verão, sobre áreas de pastagens em todo o país e, residualmente, em áreas de abertura de cerrados, notadamente na região do Matopiba”, comenta França Junior.
O levantamento da Datagro Grãos também confirmou a tendência de retração na área semeada de milho de verão e de inverno 2023/24 no Brasil.
Fonte: Canal Rural
Culturas de inverno seguem em colheita no Rio Grande do Sul
Segue a colheita das culturas de inverno no Rio Grande do Sul, com atenção especial ao trigo, cuja colheita evoluiu para 19% da área cultivada, que é de 1.505.704 hectares nesta safra 2023. As demais fases da cultura do trigo se encontram em 47% em maturação, 30% em enchimento de grãos e 4% em floração. As informações são da Emater/RS.
Os avanços foram mais notáveis na região Oeste do estado, onde uma parcela reduzida dos produtores já concluiu a colheita ou está prestes a finalizar. Contudo, na região Leste, a maioria das lavouras está em fase de maturação devido ao plantio tardio, e a colheita ainda não foi iniciada.
Os resultados obtidos nas áreas em colheita indicam a redução na produtividade inicial, a ser estimada à medida que a operação evoluir, pois há resultados diversos, mesmo dentro de uma mesma região.
Na aveia branca, houve avanço na colheita. Em razão da qualidade do produto obtido, há um aumento na comercialização direta para criadores e armazenamento nas propriedades, resultando em queda significativa no preço médio em função da qualidade inferior do produto destinado à alimentação animal.
Fonte: Revista Cultivar
Paraná anuncia R$ 30 milhões para recuperação de estradas rurais
O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou semana passada uma linha de crédito emergencial de R$ 30 milhões para os municípios atingidos pelas chuvas que caem sobre o Paraná desde o início de outubro.
Os recursos serão disponibilizados principalmente para obras de recuperação de estradas rurais que foram prejudicadas devido às enchentes e inundações, bem como para a recuperação da estrutura municipal.
A informação foi confirmada pelo governador durante uma reunião virtual com os prefeitos das cidades mais afetadas, na qual a equipe estadual ouviu as demandas dos municípios e fez uma prestação de contas sobre as principais medidas já tomadas. Até o momento, 20 municípios já tiveram os seus decretos de situação de emergência homologados pelo Estado, o que permite às prefeituras acessar as linhas de crédito emergenciais.
Na mesma reunião, Ratinho Junior comunicou o envio de mais oito toneladas de alimentos doados por cooperativas e reforço na destinação de cestas básicas.
“Estamos disponibilizando mais R$ 30 milhões para a reconstrução de estradas rurais, pontes, limpeza da área urbana, reconstrução de ruas, calçadas e galerias e para a compra de óleo diesel para o maquinário da prefeitura”, afirmou Ratinho Junior.
Fonte: AgronBand
Mesmo em ano de queda de preços, valor da produção agrícola sobe
O ano foi de custos elevados e de preços em baixa. Mesmo assim, os produtores devem terminar 2023, na média, com receitas reais 3% superiores às do ano passado. Esse ganho ocorre devido ao volume recorde de produção de grãos e de carnes.
É o que prevê o Ministério da Agricultura, ao avaliar 17 produtos relacionados às lavouras e outros 5 à pecuária. O VBP (Valor Bruto da Produção), que é a soma da produção multiplicada pelos valores médios recebidos pelos produtores dentro da porteira, deverá atingir R$ 1,15 trilhão neste ano, o maior valor, em termos reais, já registrado pelo setor em 34 anos de pesquisas.
As receitas são puxadas pelas lavouras, que deverão somar R$ 812 bilhões, aumentando 4,8% sobre 2022. Já a pecuária, devido à retração nos preços do boi gordo, soma R$ 338 bilhões, com queda de 2,2% no ano.
Os dados do ministério mostram que, em vista do clima e da mudança de opção dos produtores nas últimas duas décadas, as receitas se deslocam de região e de produtos.
Um dos sinais mais fortes dos efeitos climáticos recai sobre o Rio Grande do Sul.
Fonte: Folha de S.Paulo
Poder de compra de adubo pelo agricultor do Brasil tem menor nível do ano
O poder de compra de fertilizantes pelos agricultores brasileiros sofreu ligeira redução em setembro em relação a agosto, atingido o menor patamar do ano, apontou um indicador divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes.
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de setembro fechou em 1, versus 0,99 em agosto –quanto mais baixo o indicador, melhor a capacidade de aquisição de adubo do agricultor.
O indicador ainda está em patamar inferior ao 1,4 registrado em agosto de 2022, quando as cotações de adubos tinham disparado por desdobramento da guerra da Ucrânia, reduzindo o poder de compra do agricultor.
Segundo boletim da Mosaic, os preços dos fertilizantes fosfatados foram os que tiveram os maiores aumentos quando comparados ao mês anterior, “alta destacada pela demanda das principais geografias”.
“Já a oferta continua balanceada e alinhada ao fato de que os preços do Brasil continuam menos atrativos em relação a outras regiões compradoras como Estados Unidos, Europa e Índia.” Enquanto isso, os fertilizantes potássicos “mantêm o equilíbrio, resultando em um período de estabilidade”, disse a Mosaic.
Fonte: Notícias Agrícolas
Rabobank aponta maior interesse dos produtores brasileiros em biofertilizantes
Ao longo de 2022, os preços dos fertilizantes atingiram patamares recorde em consequência do início da guerra na Ucrânia. Em alguns casos, por exemplo, os preços do Cloreto de Potássio subiram quase 50% em poucas.
Foi então que surgiu o Plano Nacional de Fertilizantes, anunciado em maio daquele ano pelo governo federal, a fim de garantir o abastecimento nacional e pensar alternativas para diminuir a dependência de importações.
Ao comparar os custos entre a adubação convencional e a adubação mineral com biofertilizantes, o manejo orgânico apresenta um custo mais elevado. No entanto, Bruno Fonseca, analista de insumos do Rabobank, afirma que há oferece mais benefícios, como maior produtividade e melhoria da qualidade do solo ao longo dos anos.
Enquanto em um hectare de manejo convencional de grãos o custo da adubação é de R$ 2.889, o trato com biofertilizante sobe para R$ 3.667, na média de 2023. Quando observado o custo da adubação do café, cultura que vem aumentando o manejo com produtos biológicos, a diferença entre os custos de produção é R$ 17,90.
“A gente conversou com bastante gente, produtores rurais, empresas, fizemos visitas. O que ouvimos deles é que é uma mudança de perfil, de estilo, porque com o biofertilizante você melhora a condição de solo, aumenta a quantidade de matéria orgânica”, diz Fonseca.
Fonte: Exame
El Niño vai impactar toda a safra de verão
No cenário das projeções de longo prazo, o fenômeno El Niño deve persistir até meados do outono de 2024. A prolongada influência direta do El Niño tem implicações significativas em várias regiões, principalmente no que diz respeito às safras de verão.
No entanto, também há uma perspectiva de retorno à neutralidade do fenômeno durante os trimestres de maio, junho e julho. Essa mudança de cenário é marcada por uma probabilidade de 58% de que a neutralidade se concretize.
De acordo com o metereologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues, é fundamental ressaltar a importância de manter um acompanhamento cuidadoso dessas projeções nos meses que se aproximam. Conforme nos afastamos no tempo, as incertezas aumentam. Os impactos do El Niño e sua transição para a neutralidade podem variar de acordo com os eventos climáticos e as complexidades envolvidas.
O El Niño não se limita apenas às projeções climáticas, mas também afeta diretamente as condições das lavouras no sul do país. O excesso de umidade resultante desse fenômeno tem prejudicado a maturação e colheita do trigo. Além disso, tem aumentado a pressão de pragas e doenças nas plantações. O plantio do arroz também é comprometido por essas condições adversas.
Fonte: Agrolink