Farm News 25/09 a 01/10
PIB do agro tem avanço de 0,5% no 2º trimestre
O PIB do agronegócio, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), tem apresentado modesta recuperação em 2023. No segundo trimestre deste ano, o avanço foi de 0,27%, levando o acumulado anual para 0,50%.
Pesquisadores do Cepea/CNA indicam que, com base nesse desempenho parcial, o PIB do setor pode alcançar R$ 2,63 trilhões em 2023. Considerando-se também o desempenho da economia brasileira como um todo, até o momento, o agronegócio pode responder por 24,4% do PIB do País em 2023.
Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, o resultado do agronegócio, ainda que modesto, foi sustentado sobretudo pelo desempenho de safra recorde no campo e pelo crescimento da produção pecuária, o que, por sua vez, implica em aumento da demanda para os segmentos a montante (insumos) e a jusante (agrosserviços).
O desempenho não foi melhor devido ao recuo importante dos preços, observado em todos os segmentos. Cotações de importantes culturas caíram, como algodão, café, milho, soja, trigo, tomate e cana-de-açúcar; além do boi gordo e do frango vivo.
Fonte: Cepea
Safra de soja da América do Sul é projetada em 231,2 milhões de toneladas
O primeiro levantamento realizado pela consultoria Datagro GRãos para a safra de soja 2023/2024 da América do Sul estima uma produção de 231,28 milhões de toneladas. Caso se confirme, esse volume significaria uma elevação de 20% sobre as 192,10 milhões de toneladas da frustrada temporada 2022/2023.
Para a área cultivada com o grão, a consultoria projeta 68,26 milhões de hectares, alta de 7% sobre os 63,99 milhões de hectares da revisada safra 2022/2023. Em caso de confirmação, configuraria um novo recorde histórico e o sétimo aumento consecutivo.
Em relação à produtividade média, a projeção inicial da consultoria aponta para relativa normalidade climática, isto é, o quadro não se mostra excelente e nem com perdas gerais.
“Mas desta vez com provável favorecimento em tempos de impacto do fenômeno El Niño; favorecido também pela retração nos custos de produção, o que deve levar ao positivo uso de insumos na montagem desta nova safra”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da Datagro.
Fonte: AgroBand
Com liderança do arroz, pressão dos agrícolas aumenta no campo
Após uma boa ajuda para a redução da taxa de inflação nos meses recentes, parte dos alimentos deve diminuir o incentivo favorável a partir de agora. A taxa média de queda da alimentação no índice inflacionário, que era de 1,4% no início de agosto, deverá terminar este mês em 0,7%, conforme a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
O novo ritmo dos preços no varejo vai se adaptar à nova realidade do campo, onde parte dos produtos voltou a subir. A alta, no entanto, não terá a intensidade verificada nos anos recentes, quando pandemia e demanda intensa levaram os produtos agrícolas a valores recordes.
O arroz é um dos principais itens de pressão no campo, o que já começa a refletir também no bolso do consumidor. Neste mês, o preço médio da saca do cereal em casca é de R$ 101 no Rio Grande do Sul, conforme dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
O valor atual no campo supera em 32% o de setembro do ano passado. Com isso, os preços de entressafra, que normalmente ocorrem em dezembro, começam a ser antecipados.
Fonte: Folha de S.Paulo
Brasil amplia liderança global em exportações agrícolas
O Brasil se consolida, cada vez mais, como o maior exportador agrícola do mundo. O País, que já era líder nas vendas de café verde, carne bovina, frango in natura, celulose, soja em grão e açúcar, agora também é o maior exportador de milho, superando os Estados Unidos.
No ano que vem, o País deve ultrapassar os americanos também na produção de algodão, ocupando a terceira posição no ranking mundial, atrás de China e Índia. Com a colheita crescendo, o Brasil tem condições de se tornar o maior exportador da fibra no mundo, desbancando os EUA.
A liderança é decorrente de uma série de fatores. No mercado interno, o País tem batido recordes consecutivos na safra de grãos, resultado também do aumento da produtividade nacional. A tecnologia do plantio direto, a irrigação e o melhoramento genético dos cultivares já permitem que os agricultores brasileiros de forma geral consigam colher até três safras agrícolas por ano numa mesma área.
No exterior, a quebra de safra nos Estados Unidos e na Argentina por causa do clima e a guerra na Ucrânia também explicam os números. A redução da oferta dos principais produtores abriu a perspectiva de aumento das exportações para a grande safra brasileira.
Fonte: Infomoney
Conab projeta recorde na produção de carnes e segunda maior safra de grãos da história
Uma produção recorde de carnes e uma safra de grãos próxima da atual, que foi a maior da história, estão no horizonte do Brasil para a temporada 2023/2024. É o que apontam as projeções para a agropecuária nacional recém-divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Considerando soja, milho, arroz, feijão e algodão, a Conab estima que o país produzirá 319,5 milhões de toneladas, apenas 1% a menos do que no ciclo atual. Já o incremento na área cultivada será de 0,5%, chegando a 78,9 milhões de hectares.
No caso das carnes bovina, de frango e suína, a projeção da companhia é de uma produção nacional de 30,85 milhões de toneladas. O resultado, se concretizado, supera em 2,7% o registrado neste ano, que já foi recorde.
O país também deve alcançar uma marca inédita nas exportações de carne, com 9,46 milhões de toneladas (+2,7% em relação a 2023). Mesmo assim, haverá alta de 2,7% na disponibilidade para o mercado interno, chegando a 104,9 kg por habitante.
Fonte: Exame
Agroindústria registra alta de 1,1% em julho ante mês anterior, informa FGVAgro
Pesquisa mensal do FGV Agro sobre a agroindústria, em julho de 2023, mostra que a produção agroindustrial registrou expansão de 1,1% frente ao mês anterior, já com os ajustes sazonais. Na comparação com julho/2022), a agroindústria manteve estabilidade.
Mesmo com esse desempenho levemente melhor do que o verificado na divulgação passada, a produção agroindustrial ainda acumula no ano uma queda de 0,9%. Contudo, vale ressaltar que, desde abril/2023, a Agroindústria vem reduzindo suas perdas. Ou seja, em abril, a produção agroindustrial acumulava uma queda de -1,71%, em maio passou para -1,11%, em junho para -1,10% e julho -0,9%.
Com isso, a agroindústria vem demonstrando maior resiliência do que a Indústria de Transformação, que acumula, até julho/2023, uma contração de -1,5%, sendo que, desde maio/2023 (-1,2%), a queda vem ficando cada vez maior.
A contração menos intensa da agroindústria deve-se ao bom desempenho do segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas, que tem peso relevante dentro da produção agroindustrial.
Fonte: Revista Cultivar
Abertura Nacional do Plantio da Soja destaca déficit de armazenagem e perspectivas de mercado
A Abertura Nacional do Plantio da Soja – Safra 2023/24 foi realizada sexta-feira (29), em Jaciara, sul de Mato Grosso, e reuniu cerca de 400 pessoas na Fazenda Aymoré, do Grupo Giacomelli, que pretende semear a oleaginosa em 1.700 hectares.
As máquinas entraram em campo para dar a largada em uma safra nacional cujo potencial produtivo chega a 163 milhões de toneladas do grão. Além do desfile de plantadeiras, o evento reuniu especialistas da cadeia da oleaginosa em dois painéis: Desafios da Armazenagem e Perspectivas de Mercado.
Na cerimônia de abertura, o presidente do Canal Rural, Julio Cargnino fez um grande anúncio. A Abertura Nacional da Colheita da Soja já tem data e local marcados: dia 1 de março, em Tapera, Rio Grande do Sul. “É uma data significativa porque em 2024, completa 100 anos em que a soja chegou ao Brasil”.
Já o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, ressaltou que o Brasil passou, em algumas décadas, de importador de alimentos para o celeiro do mundo. “Para isso, famílias como a Giacomelli e tantas outras deixaram suas terras e foram desbravar outras áreas para fazer agricultura de qualidade”.
Fonte: Canal Rural
Estoques de milho vem abaixo das expectativas do mercado, enquanto os de soja e trigo vieram acima
Na sexta-feira (29), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório de estoques de grãos trazendo números de setembro de 2023 menores do que os apontados em setembro de 2022 e abaixo da estimativa do mercado, no caso do milho.
Para o cereal, os estoques de 1 de setembro de 2023 foram reportados em 34,569 milhões de toneladas, contra a estimativa média do mercado de 36,296 milhões e as 34,975 milhões do acompanhado para 1 de setembro de 2022.
No caso da soja, os estoques de 1 de setembro de 2023 foram indicados em 7,293 milhões de toneladas, patamar superior aos 6,586 milhões esperados pelo mercado, mas inferior aos 7,484 milhões de 1º de setembro de 2022.
Por fim, o trigo teve estoques reportados em 48,443 milhões de toneladas, o que ficou acima das estimativas médias do mercado de 48,225 milhões e do que o registrado em 1 de setembro de 2022 de 48,389 milhões.
Fonte: Notícias Agrícolas