Farm News 04/09 a 10/09
PIB da agropecuária tem crescimento de 18% no 1º semestre
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, ante o trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,4%. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.
Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões. A Agropecuária cresceu 17% em relação a igual período do ano anterior. Esse resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho favorável de alguns produtos da lavoura que possuem produção relevante no segundo trimestre, como a soja (24,5%), o milho (13,7%), o algodão (10,2%) e o café (5,3%).
O IBGE destaca os ganhos de produtividade das lavouras PIB da Agropecuária como um dos principais fatores de crescimento. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços avançaram 12,1%, ao passo que a expansão das Importações de Bens e Serviços foi de 2,1% no segundo trimestre de 2023.
Entre as exportações, a expansão é explicada, principalmente, pelos produtos agropecuários, extrativa mineral e produtos alimentícios. A participação das atividades no Valor Agregado ficou assim definida: Agropecuária 7,9%; Indústria 23,9% e Serviços 68,2%.
Fonte: AgroBand
Em ano de safra recorde, o destaque é a produtividade
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou nesta quarta-feira (6) a última estimativa da safra de grãos 2022/23. Nos próximos meses, a prioridade passa a ser a safra 2023/24, mas ainda poderão ser feitos pequenos ajustes nos dados referentes a este ano, principalmente porque a safra de trigo ainda está em andamento.
Os números indicam uma área de 78,3 milhões de hectares, com crescimento de 5,3%, e uma produção recorde de 323 milhões de toneladas, 18,4% superior ao volume do período anterior. O destaque fica para a produtividade.
Sem grandes efeitos de crise climática, como o ocorrido com o milho safrinha em 2021 e com a soja em 2022, a produtividade média nacional teve evolução de 13,5% neste ano.
Em uma safra em que a utilização de tecnologia foi colocada em dúvida, devido ao elevado custo dos insumos, a produtividade aumentou em praticamente todos os produtos. A exceção fica para o trigo, cuja produção recorde de 2022 havia encontrado um clima extremamente favorável para a evolução da produtividade.
Fonte: Folha de S.Paulo
Desembolso do crédito rural chega a R$ 101 bilhões
O desembolso do crédito rural nos dois primeiros meses do Plano Safra 2023/2024 chegou a R$ 101 bilhões, aumento de 10% em relação a igual período da safra passada. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 64,3 bilhões.
Já as concessões das linhas de investimentos totalizaram R$ 12,1 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 11,8 bilhões e as de industrialização, R$ 12,7 bilhões.
De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 385.487 contratos no período de dois meses do ano agrícola, sendo 269.587 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 62.058 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).
Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram, respectivamente, de R$ 13,8 bilhões no Pronaf e de R$ 17,5 bilhões no Pronamp. Os demais produtores formalizaram 53.842 contratos, correspondendo a R$ 69,6 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.
Fonte: Mapa
Entregas de fertilizantes crescem 2,4% no primeiro semestre
As entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro encerraram junho de 2023 com 4,11 milhões de toneladas, significando crescimento de 15,7% em relação às 3,55 milhões de toneladas do mesmo mês de 2022. No acumulado do primeiro semestre, registraram-se 18,61 milhões de toneladas, com aumento de 2,4% ante as 18,18 milhões de toneladas referentes a igual período de 2022.
De acordo com a Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), Mato Grosso, líder nas entregas, concentrou o maior volume nos primeiros seis meses deste ano (25,2%), com 4,69 milhões de toneladas. Seguem-se o Paraná (2,34 milhões), Goiás (2,09 milhões), São Paulo (1,67 milhão), Rio Grande do Sul (1,62 milhão) e Minas Gerais (1,43 milhão).
A produção nacional de fertilizantes intermediários encerrou junho de 2023 com 454 mil toneladas, representando redução de 17,9% ante o mesmo mês de 2022. No acumulado do primeiro semestre, o total foi de 3,16 milhões de toneladas, com queda de 17% na comparação com as 3,81 milhões de toneladas do mesmo período de 2022.
Fonte: Anda
Arábica tem pressão com avanço da colheita e conilon sofre ajustes nos preços
O mercado futuro do café arábica encerrou o último pregão da semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa da Nova York (ICE Future US). Dezembro/23 teve queda de 115 pontos, negociado por 148,65 cents/lbp, março/24 teve queda de 115 pontos, valendo 149,80 cents/lbp, maio/24 registrou queda de 120 pontos, valendo 150,90 cents/lbp e julho/24 teve queda de 115 pontos, cotado por 151,60 cents/lbp. No acumulado semanal o contrato referência recuou 1,98% em Nova York.
“A colheita provocou algumas vendas de café no mercado à vista, à medida que os cafeicultores brasileiros vendem seus estoques atuais para abrir espaço para o café recém-colhido”, destacou a análise internacional do site Barchart.
Ainda assim, a semana ainda foi marcada por negócios mais lentos, também pelo feriado de 7 de Setembro. O produtor aguarda por novos patamares de preços, mas analistas são enfáticos em dizer que precisam participar do mercado para a margem não ficar ainda mais estreita, já que a tendência é de pressão com a entrada da safra brasileira.
Fonte: Notícias Agrícolas
Colheita de trigo no Paraná chega a 26% da área
O preço da saca de trigo tem caído desde o ano passado, principalmente em razão da possibilidade da safra recorde. Há um ano a saca de 60 quilos custava R$ 98 na maioria das praças do Paraná, maior produtor nacional do cereal.
Na semana que passou, a saca foi cotada a R$ 52, o que representa 47% a menos que em 2022 e 21% inferior aos R$ 66 do início do mês passado. A análise sobre esse produto e outros do agronegócio paranaense está no Boletim de Conjuntura Agropecuária, preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).
A previsão é que sejam produzidas 200 mil toneladas a mais que as 10,5 milhões de toneladas do ano passado no estado. O Paraná e o Rio Grande do Sul continuam como estados mais representativos na triticultura, concentrando aproximadamente 85% da produção nacional.
A colheita no estado alcançou 26% da área de 1,4 milhão de hectares e se desenvolve bem. Os gaúchos devem começar muito em breve os trabalhos. A maior preocupação é com futuras chuvas, além dos danos que elas já causaram nos últimos dias.
Fonte: Canal Rural
Brasil pode desbancar EUA na exportação de milho em 2023
Após um salto de 32% entre 2021 e 2022, as exportações do agronegócio brasileiro rumam para um novo recorde neste ano. Chama a atenção a perfomance do milho, que aumentou 52,9% em relação à temporada anterior. O número é puxado pelo apetite chinês e fez o Brasil desbancar os Estados Unidos na liderança das vendas internacionais.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou dia 6/9 que a estimativa para os embarques ao longo de 2022/23 devem chegar a cerca de 50 milhões de toneladas do milho, ultrapassando as exportações norte-americanas.
Apenas de janeiro a agosto de 2023, as vendas externas do cereal somaram 6,66 bilhões de dólares, alta de 33,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume embarcado chegou a 25,2 milhões de toneladas, um aumento de 41,4% na mesma comparação.
Antes dos dados da Conab, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já apontava que, ao longo de 2022/2023, o Brasil foi responsável por quase 31,5% das exportações globais de milho, enquanto os EUA corresponderam a cerca de 23,2%.
Fonte: Exame
Confira o boletim sobre as chuvas em agosto
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás (Centro-Oeste); Pará, Amapá e Tocantins (Norte); e os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba (Nordeste) foram os que receberam os menores volumes de chuva do país durante o mês de agosto.
Chuvas de até 60 mm foram registradas apenas em algumas áreas no sul de Goiás, na região do Distrito Federal, nas regiões leste e oeste do Mato Grosso do Sul, no noroeste dos estados de Mato Grosso e Pará e no oeste da Paraíba. Já os estados que receberam os maiores volumes de chuva foram Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde foram acumulados entre 90 e 120 mm.
No leste do Paraná, os acumulados também chegaram aos 120 mm. Na Região Norte, os estados de Roraima e Amazonas tiveram acumulados de 60 a 90 mm em extensas áreas do seu território. No Acre e em Rondônia, as chuvas totalizaram no máximo 60 mm. Na Região Sudeste, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro receberam chuvas mais abundantes, já em São Paulo, não foram acumulados mais do que 60 mm.
Fonte: Sistema Tecnocampo