Farm News 07/08 a 13/08
Produção de grãos é estimada em 320,1 milhões de toneladas
A estimativa para a produção de grãos na safra 2022/23 é de 320,1 milhões de toneladas, um incremento de 17,4%, o que representa um volume de 47,4 milhões de toneladas a mais que o volume colhido no ciclo passado.
Os dados estão no 11º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e são reflexo da combinação dos ganhos de área e de produtividade das lavouras. Enquanto a área apresenta alta de 5% em relação à safra 2021/22, com 78,3 milhões de hectares, a produtividade média aumentou 11,8%, saindo de 3.656 quilos por hectare para 4.086 kg/ha.
A colheita do milho segunda safra segue avançando e ultrapassa 64,3% da área plantada, como indica o Progresso de Safra publicado pela estatal nesta semana. Se confirmado, o volume estimado para a segunda safra de milho ultrapassa 100 milhões de toneladas.
Para a terceira safra, as chuvas regulares de modo geral favorecem o bom desenvolvimento das lavouras. Com o bom desempenho, a colheita total do cereal está projetada em aproximadamente 130 milhões de toneladas, 16,8 milhões de toneladas a mais do que na temporada passada.
Fonte: Conab
Pesquisa inédita mostra realidade da armazenagem no Brasil
Pesquisa realizada com produtores rurais de todas as regiões do Brasil traça um perfil completo da armazenagem de grãos nas fazendas. Confira alguns resultados:
- A maior parte dos produtores rurais quer expandir a capacidade estática de armazenagem. 54,0% dos produtores disseram ter interesse para comportar o aumento da produção própria, 15,9% para atender terceiros e produção própria e 30,1% não tem interesse.
- As regiões com maior interesse em expandir a capacidade estática de armazenagem são o Norte (82,7%), Centro-oeste (78,4%) e Matopiba (73,3%).
- Uma das principais constatações da pesquisa é que a armazenagem traz ganhos econômicos ao produtor rural.
- Quando questionados sobre o ganho econômico médio com o uso do armazém, nas últimas três safras, comparado ao preço médio na época de colheita, 40,8% teve ganho entre 6% e 20%.
- Os volumes da safra de soja e da segunda safra de milho tendem a ter um benefício econômico em uma janela de comercialização tardia, consequência da dinâmica dos reajustes de preços.
- Outro principal ganho está relacionado à redução no custo do frete, já que no pico do escoamento da safra brasileira de grãos, o valor do frete aumenta, diante da alta demanda.
Fonte: CNA Brasil
Agronegócio: exportações do Brasil batem recorde e chegam a US$ 14,4 bilhões
O agronegócio bateu recorde de exportações com US$ 14 bilhões em julho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária. O resultado representa um aumento de 1,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A soja, as carnes de frango e suína, a celulose e o algodão foram os produtos responsáveis pelo aumento na balança comercial. O setor representa metade do total exportado pelo Brasil nos primeiros sete meses do ano.
O complexo soja é o principal setor exportador dentro do agronegócio brasileiro e representa 42% do total. Em julho, o valor chegou aos US$ 4,77 bilhões, com 9,7 milhões de toneladas. As vendas externas de farelo de soja tiveram destaque, com alta de 12,4%.
Os mercados que mais compram farelo de soja do Brasil são os da União Europeia, com US$ 458 milhões e 53,4% do total, o da Indonésia, com US$ 178 milhões, que correspondem a 41,6%, e o da Tailândia, com US$ 151 milhões, o que representa 3,6%.
Fonte: AgroBand
Embrapa vai receber R$ 1 bilhão em investimentos até 2026
A Embrapa vai receber quase R$ 1 bilhão em investimentos até 2026 por meio do Novo PAC. De acordo com a diretora-executiva de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão, este é o maior volume de investimentos que a Embrapa já recebeu.
Ela esclarece que o montante não inclui custeio e despesas obrigatórias. Conhecidos como investimento, recursos de capital são aplicados no patrimônio, tais como obras, construções, instalações e aquisição de equipamentos e materiais permanentes, que são incorporados ao patrimônio da instituição.
Todas as 43 Unidades Descentralizadas (UDs) serão contempladas. A distribuição de recursos entre elas buscou conciliar as demandas mais urgentes da Empresa e as prioridades do governo federal, como o foco nas regiões Norte e Nordeste e a conclusão de obras iniciadas ou decorrentes do PAC 2008-2010.
A diretora lembra que a Embrapa sofreu na última década com a falta de investimentos em sua estrutura de pesquisa. “O Novo PAC traz a possibilidade de a Empresa se modernizar para os próximos 50 anos e responder mais rapidamente aos desafios de garantir segurança alimentar, inclusão socioprodutiva e digital no campo, desenvolvimento de tecnologias ômicas e geração de métricas e indicadores de sustentabilidade para as diversas cadeias produtivas”, afirma Selma.
Fonte: Canal Rural
Cooperativismo chega a R$ 1 trilhão em ativos e responde por 5,2% do PIB
O cooperativismo foi responsável por 5,2% do PIB (Produto Interno Bruto) do país em 2021. O valor adicionado pelo setor foi de R$ 462 bilhões, de um total de R$ 8,90 trilhões do PIB nacional no período.
Os dados são de estudo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), por meio de Matriz Insumo-Produto, que apura a demanda por produtos e serviços do cooperativismo.
O estudo toma como base diferentes fontes de informações de 2021, inclusive as do Sistema OCB, e aplica sobre elas um efeito multiplicador para verificar o resultado do cooperativismo sobre a economia. O resultado é um movimento que reflete um crescimento econômico e de empregos formais acima da média nacional.
A Fipe, com base em dados oficiais, estima também que os empregos formais e informais do cooperativismo atingiram 10,1 milhões de postos de trabalho naquele ano, 10,6% da população ocupada no país.
A avaliação dos gastos do setor também se mostrou atrativa. Para cada R$ 1 gasto no cooperativismo, R$ 2,92 retornaram à economia em forma de valor de produção, valor adicionado, arrecadação de impostos e salários.
Fonte: Folha de S.Paulo
LCA e CPR seguem aquecidas no financiamento privado da agricultura
Os estoques da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) mais uma vez tiveram desempenho favorável, em R$ 420,80 bilhões em junho deste ano, alta de 58% em relação ao mesmo mês do ano passado.
A atualização do valor foi registrada no Boletim de Finanças Privadas do Agro, produzido pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com dados referentes ao mês de junho. O boletim é atualizado mensalmente com o desempenho dos principais instrumentos de captação privada de recursos para o financiamento das cadeias produtivas do agronegócio.
Os números ainda revelam um crescimento significativo dos estoques de Cédula de Produto Rural (CPR), 65%, ou quase R$ 260 bilhões, e dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro), 212% ou R$ 15,60 bilhões.
Os registros acumulados de CPR na safra atual 2022/2023, de julho a junho, somam R$ 272,73 bilhões, valor 56% superior ao verificado no mesmo intervalo da safra passada.
Também o saldo das contratações do Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), 42%, e do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), 30%, seguem positivos, em conformidade com a tendência verificada nos últimos anos.
Fonte: Mapa
Café robusta do Brasil ajuda a aliviar escassez na Europa
O Brasil está agindo para ajudar a aliviar a escassez de café robusta na Europa, um dos principais destinos mundiais dos grãos. As exportações do Brasil para os portos da Bélgica superaram 176.000 sacas de café robusta em julho, ajudando a elevar os embarques totais da variedade ao maior nível desde 2019, segundo dados do Cecafé.
A Bélgica é um ponto de entrada importante para os grãos que são usados como estoques certificados pela bolsa ICE Futures Europe. O robusta, também conhecido como conilon, é muito usado na fabricação de café solúvel.
A escassez global puxou os preços do robusta para perto do nível mais alto em 15 anos, levando exportadoras brasileiras a entregarem café aos compradores de contratos futuros em Londres. As cargas para a Bélgica representaram 35% dos embarques brasileiros no mês passado. As expectativas também são positivas para as exportações da variedade em agosto.
Suprimentos fracos dos maiores exportadores de robusta, o Vietnã, e do terceiro, a Indonésia, fizeram os preços dispararem. O mercado está tão desabastecido que o prêmio pago pelos futuros de setembro sobre os de novembro atingiu um recorde recentemente.
Fonte: Bloomberg
Brasil é líder no uso de produtos biológicos e de agricultura regenerativa
Para atender a demanda de proteína animal, carboidratos e fibras, levando em consideração o sequestro de carbono e a proteção de biomas, será preciso uma quantidade de terras em hectares equivalente ao território do Brasil.
Essa informação foi divulgada pela consultoria McKinsey, durante o 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, uma realização da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG, em parceria com a B3 – a bolsa do Brasil, que aconteceu semana passada em São Paulo.
“Existe terra disponível, mas será muito mais cara devido à recuperação de terras degradadas. E o Brasil tem competitividade e potencial para contribuir com essa demanda”, disse Nelson Ferreira, sócio sênior e líder global de Agricultura da Mckinsey & Company.
Uma pesquisa da consultoria com 5,5 mil produtores agrícolas revelou que o agro brasileiro está na vanguarda da digitalização, com as propriedades rurais utilizando os canais digitais para aquisição de produtos, insumos e máquinas.
Em agricultura regenerativa, o Brasil está liderando essa aplicação, tanto no plantio direto, na Integração Lavoura-Pecuária, como no uso de fertilizante de taxa variável. Da mesma forma, na área de controle biológico, bioestimulante e biofertilizante, o país é quem mais aplica esse tipo de tecnologia.
Fonte: Agrolink