Farm News 10/07 a 16/07
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Agro eleva PIB, renda e população, e desigualdade cai onde setor avança mais
Maior surpresa no crescimento de 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre deste ano, a produção agropecuária saltou 21,6 % no período, na comparação com os últimos três meses de 2022. No novo Censo do IBGE, Centro-Oeste e Norte do Brasil, fronteiras agrícolas mais recentes, foram as únicas regiões com aumento populacional maior do que a média nacional.
Cresceram 1,23% e 0,75%, respectivamente, acima dos 0,52% no país. Nos últimos anos, o agronegócio vem transformando a cultura e as cidades no Brasil, elevando a renda de alguns estados acima da média, diminuindo a desigualdade e atraindo nova onda de migrantes atrás de oportunidades.
Protagonista da principal novela da Rede Globo, “Terra e Paixão”, e tema para novos hits musicais, o agronegócio atrai bilhões de reais em investimentos, sofisticando os setores industrial e de serviços.
Em 16 anos, os PIBs de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Rondônia cresceram em ritmo muito superior ao de vários estados —e mais que o dobro em relação ao paulista. Hoje, 25% do PIB brasileiro vêm do agronegócio (que engloba agropecuária, agroindústria, insumos, distribuição e outros serviços).
Fonte: Folha de S.Paulo
IBGE minimiza impacto de ciclone na safra agrícola; Sul relata prejuízos
O gerente de Agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, minimizou as chances de impacto na safra dos fortes ventos e ciclones que atingem o sul do país. Segundo ele, os ventos têm se concentrado no litoral, onde há menor presença de lavouras. E, além disso, a soja e o milho – que são as maiores lavouras – já estão praticamente colhidas. “Acredito que não [impacto na safra].
Os ciclones são mais na área litorânea. Tem alguns ventos no interior, mas o mais forte tem sido no litoral, onde não tem tanta agricultura. A princípio nessa época [de colheita] não afeta tanto. O que realmente afeta a colheita são as chuvas do fim do ano”, disse ele, ao comentar os resultados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) referente a junho.
Além disso, ele destacou que a soja e o milho já estão praticamente todos colhidos, o que reduz a possibilidade de um efeito mais significativo no volume total da produção. No entanto, o setor de proteína animal tem sido impactado pela passagem do ciclone.
A Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado do Rio Grande do Sul informou que os estragos ainda estão sendo contabilizados, assim como outras entidades ligadas ao setor de proteína animal afirmam. A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) comunicou que dará mais detalhes dos prejuízos esta semana.
No caso da suinocultura gaúcha, o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, afirmou que as regiões Norte e Noroeste do Estado, locais onde há concentração de granjas de suínos, foram afetadas, com destruição de galpões de suínos e de gado de leite.
Fonte: Valor e Notícias Agrícolas
Brasil deve produzir maior safra histórica de grãos, com 317,6 milhões de toneladas
O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 317,6 milhões de toneladas na safra 2022/2023, um crescimento de 16,5% ou 44,9 milhões de toneladas acima da safra 2021/22, consolidando as previsões anteriores como a maior já produzida no país. Os dados constam no 10º levantamento de grãos, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com a estimativa, esse resultado também é 0,6% superior ao divulgado em junho, decorrente, principalmente, do melhor desempenho das lavouras de milho segunda safra observado em campo neste último mês, e do crescimento da área semeada com o trigo, aliado às boas condições climáticas que vêm ocorrendo.
“O ajuste reforça a safra recorde brasileira”, ressalta o presidente da Conab, Edegar Pretto. “A agricultura brasileira vem demonstrando sua força e potencial para alcançar números cada vez mais elevados, com investimentos constantes que permitem aumentos de produtividade”.
De acordo com o boletim, a soja deverá atingir uma produção recorde, estimada em 154,6 milhões de toneladas, 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima da ocorrida no ciclo passado. Já para o milho, a previsão é de 127,8 milhões de toneladas, incluindo as três safras, chegando a 12,9% ou 14,6 milhões de toneladas acima da cultivada em 2021/22.
Fonte: Conab
Cafeicultura: 2024 pode ser ainda mais desafiador
Desde a safra 20 o produtor de café vem vivenciando períodos de instabilidade, seja com as condições climáticas ou na intensa volatilidade nos preços. Com a safra avançando no Brasil e com o mercado precificando com bases nas condições das plantas já para o ano que vem, só no mês de junho as cotações na Bolsa de Nova York recuaram 40% no comparativo com o mesmo período no ano passado.
Entre o primeiro e último dia útil do mês, o contrato referência foi de R$ 1.020 para R$ 830 o tipo 6 bebida dura bica corrida, o que representa uma baixa de aproximadamente 19% no período. Diante deste cenário e com os custos elevados dos últimos ciclos, os dados mais recentes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostram que as contas “empatam” ou não têm grande lucratividade para o cafeicultor.
O levantamento realizado por Raquel Miranda, assessora técnica da CNA, mostra que no período dos últimos anos, apesar da explosão dos preços sustentada pela preocupação com a oferta, com os custos elevados, o produtor teve apenas um ou dois meses de lucratividade atrativa nos últimos três anos.
Atualmente a CNA monitora os custos de produção no arábica e no conilon em seis estados: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rondônia, Bahia e Paraná.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fungicidas em registro mostram melhores resultados contra ferrugem da soja
Formulações de fungicidas em fase de registro no Brasil para uso contra a temida ferrugem asiática da soja deram melhores resultados em ensaios cooperativos conduzidos pela Embrapa do que os obtidos com alguns produtos que estão no mercado, afirmou um pesquisador à Reuters.
Os resultados indicam boa notícia para os produtores, uma vez que a doença fúngica pode reduzir a produtividade de uma lavoura de soja em até 90% se não for combatida. As formulações com resultados positivos estão na última fase para avaliação de registro, dependendo da finalização das análises por parte do Ministério da Agricultura, segundo o pesquisador Mauricio Meyer.
“Comparando-se os protocolos compostos por formulações de fungicidas sítio-específicos, observou-se que três formulações em fase de registro superaram a eficiência dos fungicidas registrados, testados no trabalho”, disse o pesquisador, ponderando que não foram testados no ensaio todos os fungicidas registrados nem todos os produtos em fase de registro.
A ferrugem da soja, além de ser a doença mais severa da cultura, respondendo por parte importante dos gastos dos produtores em agroquímicos, também demanda um manejo específico, como o cumprimento do chamado “vazio sanitário”, período no qual agricultores não podem plantar a oleaginosa, uma estratégia para reduzir a presença do fungo nos campos.
Fonte: Forbes
Exportações do agro batem recorde no semestre com alta de 4,5%
No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 82,80 bilhões, crescimento de 4,5% na comparação com o primeiro semestre de 2022 (US$ 79,24 bilhões). O aumento no índice de quantum (+8%) foi responsável pelo maior valor da série histórica, uma vez que o índice de preços caiu 3,2% no período.
As exportações do agronegócio alcançaram US$ 15,54 bilhões em junho deste ano, recuo de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 15,62 bilhões), apesar de diversos recordes observados em soja em grãos (valor e quantidade), açúcar de cana em bruto (valor), carnes bovina e de frango in natura (recordes em quantidade) e celulose (recorde em quantidade).
Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), este cenário é explicado pela forte queda do índice de preços das nossas exportações no mês (-12,9%), que reduziu levemente o valor mensal relativo a junho de 2022, mesmo com alta expressiva do índice de quantum (+14,2%).
A participação das exportações do agronegócio no total da balança comercial de junho foi de quase 52%, já que a redução das exportações dos demais produtos foi superior (-15,7%).
Fonte: AgroBand
Exportações de arroz do Brasil cresceram em volume e receita no primeiro semestre
As exportações de arroz do Brasil (base casca) totalizaram 852,3 mil toneladas no primeiro semestre deste ano, aumento de 20% em relação aos embarques do mesmo período do ano passado. A receita com as vendas externas do cereal cresceram 45% na mesma base de comparação, para US$ 290,7 milhões.
Os dados são da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Ainda segundo a entidade, em junho, os embarques de arroz do Brasil alcançaram 149,8 mil toneladas, com receita de US$ 51 milhões.
Em igual mês de 2022, as vendas externas atingiram 131,3 mil toneladas, que renderam US$ 37 milhões. Já as exportações de arroz beneficiado em junho deste ano totalizaram 13,8 mil toneladas, com faturamento de US$ 6,5 milhões.
No mesmo mês do ano passado, as vendas do produto chegaram a 13,3 mil toneladas, com receita de US$ 5,6 milhões. A Conab estima que a safra 2022/23 de arroz será 7% menor que a safra 2021/22, projetada em 10 milhões de toneladas.
Este resultado é reflexo principalmente da estimativa de significativa redução de área em meio à reduzida rentabilidade projetada para o setor, com a menor atratividade financeira do setor orizícola em relação às culturas concorrentes por área, como a soja e o milho.
Fonte: Globo Rural e Conab
CNA pede suplementação de R$ 1 bi para o seguro rural em 2023
Em um ofício encaminhado aos ministérios da Fazenda, Agricultura e Planejamento, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, solicitou a liberação de R$ 1 bilhão para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2023.
Essa suplementação seria adicional aos R$ 1,06 bilhão já previstos para este ano. Além disso, a CNA também pede a garantia de aprovação de R$ 3 bilhões no orçamento anual de 2024. No documento, assinado por João Martins e encaminhado dia 13 de julho, são apresentados os motivos para a solicitação da suplementação orçamentária.
Destaca-se a importância do programa em mitigar os riscos enfrentados pelos produtores rurais e incentivar a contratação de seguros agrícolas. Segundo a CNA, o volume de recursos alocados para o PSR não tem sido suficiente para atender à crescente demanda e aos desafios enfrentados pelo setor.
O ofício ressalta a intensidade dos eventos climáticos ocorridos nos últimos anos, o que reforça a importância do seguro rural para a manutenção da agropecuária brasileira e a redução de renegociações de dívidas. Somente em 2022, as seguradoras pagaram mais de R$ 10 bilhões em indenizações.
A CNA destaca ainda que, em 2021, com um orçamento de R$ 1,15 bilhão, mais de 14 milhões de hectares foram segurados. No entanto, em 2022, com um orçamento de R$ 1,09 bilhão, apenas 7,13 milhões de hectares puderam ser segurados devido ao aumento dos custos e à alta sinistralidade.
Fonte: Canal Rural