Farm News 29/05 a 05/06
PIB do agro tem maior alta desde 1996
O avanço de 21,6% da agropecuária no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre frente ao trimestre imediatamente anterior foi o maior para o setor neste tipo de comparação desde o crescimento de 23,4% do quarto trimestre de 1996. Os dados constam das Contas Nacionais Trimestrais divulgadas nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No geral, a alta de 1,9% do PIB frente ao trimestre anterior foi o melhor desempenho desde o crescimento de 3,4% no quarto trimestre de 2020. Esse foi apenas a quinta vez na série história, iniciada no primeiro trimestre de 1996, que a agropecuária cresceu na casa dos dois dígitos ante o trimestre anterior. Os demais, além do quarto trimestre de 1996, foram o crescimento de 12,5% no segundo trimestre de 2012, a alta de 11,3% no terceiro trimestre de 2012 e o avanço de 12% no primeiro trimestre de 2012 e o avanço de 12% no primeiro trimestre de 2017. O crescimento da agropecuária no primeiro trimestre respondeu por em torno de 80% do crescimento da economia nos primeiros três meses do ano, segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Fonte: Valor
CNA estima crescimento de 10,5% no PIB do agro este ano
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai revisar sua estimativa para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária neste ano. Anteriormente, ao fim de março, a entidade projetava avanço anual de 8% a 8,5% na atividade econômica agropecuária. A revisão decorre do resultado divulgado mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou alta de 18,8% no PIB da agropecuária no primeiro trimestre em comparação com igual período de 2022. “Estimamos que o PIB brasileiro deve crescer 1,2% ao longo de 2023 e a atividade agropecuária deve crescer 10,5%. Ou seja, a atividade agropecuária trazendo bons resultados para PIB brasileiro”, antecipou o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon. Os números estão sendo ajustados pela entidade. Com o maior crescimento estimado, a atividade agropecuária deve elevar sua participação no PIB nacional para a ordem de 8% ante 6,8% em 2022, projeta a CNA em estimativa preliminar. “Neste primeiro trimestre, a agropecuária representou 10,2% de tudo que o Brasil produziu. É significativo porque há dez anos a participação era de 5,7%. É a dinâmica da atividade agropecuária trazendo bons resultados para a economia brasileira”, afirmou.
Fonte: Canal Rural
Brasil e EUA devem liderar retomada global do consumo de fertilizantes
Após ser bastante afetada pela guerra na Ucrânia no ano passado, a acessibilidade aos fertilizantes apresenta viés de alta, segundo análise global divulgada pelo Rabobank. Influenciados principalmente pela queda dos preços, os agricultores estão retomando as compras. A movimentação, entretanto, está sendo feita de forma gradual, segundo o Rabobank, e a demanda pode demorar até três anos para retomar aos patamares pré-conflito. Projeções da instituição apontam Brasil e Estados Unidos como protagonistas da retomada. “A perspectiva é que 2023 seja um ano marcado pela transição, passando de um 2022 tempestuoso para um promissor 2024 ou 2025”, diz o comunicado. “Céus claros estão pela frente, mas ainda há algumas nuvens”, completa a nota. Em 2022, houve redução de 7% no consumo global de fertilizantes, principalmente em virtude da alta dos preços e apesar dos preços razoáveis das commodities. A retomada desse espaço deve acontecer no ritmo do ciclo positivo do índice de acessibilidade aos produtos, avalia o Rabobank.
Fonte: Globo Rural
Importação de agroquímico mantém desaceleração e cai à metade em 2023
O ritmo das exportações do agronegócio continua consistente, enquanto o das importações perde força. Quanto às exportações, apesar de uma retração média dos preços internacionais, o volume disponível neste ano é superior ao de 2022. Do lado das importações, o cenário é bem diferente do de 2022, quando o setor ainda era afetado pelos persistentes efeitos da pandemia e pela invasão da Rússia à Ucrânia. Neste ano, as compras externas de insumos caem, e os preços recuam. Nos cinco primeiros meses, as importações de fertilizantes recuaram para 13,4 milhões de toneladas, 11% a menos do que as de janeiro a maio do ano passado. As despesas com essas compras diminuíram para US$ 5,9 bilhões até maio, 38% a menos do que no período anterior. O receio de eventual falta de produto, devido ao cenário internacional adverso, levou o setor a acelerar as importações em 2022, elevando os estoques de passagem para este ano. As linhas de fornecimento de adubo foram reestabelecidas, e os preços do insumo registram queda.
Fonte: Folha de S.Paulo
Trigo registra avanços promissores
A safra de trigo do Brasil tem visto progressos promissores em várias regiões, de acordo com os últimos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os estados de Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais mostram sinais muito positivos de crescimento e desenvolvimento vegetativo.
No Rio Grande do Sul, as regiões da Fronteira Oeste, Missões e Alto Uruguai já iniciaram a semeadura. As lavouras germinadas, apesar de ainda poucas, apresentam uma emergência saudável e boa sanidade, indicando um bom início para a safra. No Paraná, o trigo já foi semeado e as áreas encontram-se em pleno desenvolvimento vegetativo, ostentando condições favoráveis. De maneira semelhante, a região Oeste de Santa Catarina deu início ao plantio, enquanto o Planalto deve permanecer em pousio até meados de junho. A Bahia, por sua vez, já concluiu a semeadura e as lavouras têm sido beneficiadas pela manutenção das boas condições de temperatura e luminosidade. Os campos de trigo estão com boa qualidade, um indicativo positivo para a safra do estado.
Fonte: Agrolink
Produtividade de café equivale a 28,9 sacas por hectare em 2023
A produção total estimada dos cafés do Brasil, país que é o maior produtor, exportador e segundo maior consumidor do produto, em nível mundial, para esta safra de 2023, incluindo as duas espécies de café, arábica e conilon, está prevista para atingir um volume físico equivalente a aproximadamente 54,94 milhões de sacas de 60kg. Tal quantitativo, se confirmado, representará um aumento de 7,9%, em relação à produção de café de 2022, a qual foi de 50,92 milhões de sacas de 60kg. Tendo como referência os números oficiais da safra de café disponíveis no mês de abril, os quais estão sendo objeto desta divulgação e análise, constata-se que a produção de café da espécie de arábica será de 37,43 milhões de sacas, numa área de 1,5 milhão de hectares e produtividade média de 24,8 sacas por hectare, o que representa um aumento de 10,2% em relação à produtividade média da safra anterior. Quanto à produção do café conilon, cuja safra foi calculada em 17,5 milhões de sacas numa área de 394,3 mil hectares, a produtividade média estimada corresponderá a 44,4 sacas por hectare.
Fonte: Revista Cafeicultura
Preço do arroz cai no Rio Grande do Sul e provoca lentidão nas vendas
Os preços do arroz no estado do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, registraram quedas praticamente diárias ao longo do mês de maio, resultando em um ritmo lento de comercialização. Na região da Fronteira Oeste Gaúcha, a média da saca de arroz (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) recuou 2,7%, passando de R$ 86,65 para R$ 84,31. Na região da Campanha, a queda foi de 1,85%, com a média dos preços passando de R$ 84,47 para R$ 82,91. Já na zona sul gaúcha, as cotações encerraram o mês em R$ 87,63, representando uma queda de 3,06% em relação ao mês anterior.
Conforme o analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira, os preços em declínio no mercado do arroz estão diretamente associados à urgência dos produtores em obter recursos para fazer frente aos pagamentos de custeio que se aproximam. “A desvalorização do dólar em relação ao Real nas últimas semanas, juntamente com a pressão exercida por outras commodities, como soja e milho, têm contribuído para essa situação desfavorável”, pondera.
Fonte: Agro Band
Exportação de soja do Brasil em maio atingiu 2º maior volume da história
A exportação de soja do Brasil somou 15,6 milhões de toneladas em maio, o segundo maior volume mensal da história, perdendo apenas para os embarques registrados em abril de 2021, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados dia 1º/6. Além de uma safra recorde, os embarques da oleaginosa brasileira estão sendo impulsionados por firme demanda internacional que vai além da China. Conforme dados da programação de navios, até mesmo os Estados Unidos, que estão na segunda posição no ranking da produção e exportação de soja, atrás do Brasil, estão buscando o produto nos portos brasileiros, com os preços pressionados pela colheita abundante atraindo compradores. O Brasil também vem registrando uma demanda adicional da Argentina, onde a safra sofreu severas perdas por conta da seca — o país vizinho tem uma grande indústria processadora, e importa mais a oleaginosa nesta temporada para atender compradores de farelo e óleo de soja. A produção brasileira de soja cresceu 23,3% neste ano, para 154,8 milhões de toneladas, segundo dados da estatal Conab, viabilizando grandes embarques.
Fonte: Forbes Agro