Farm News 22/05 a 29/05
Preços agrícolas continuam a cair no campo e no varejo
Os preços dos produtos agrícolas continuam em queda no campo e chegaram aos menores valores nominais desde 2020. Isso tem permitido uma retração no custo dos alimentos na mesa do consumidor. A saca de milho está sendo negociada a R$ 54,5 na região de Campinas (SP), um recuo de 17% apenas neste mês. No mesmo período do ano passado, as negociações giravam em R$ 87 por saca. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços atuais são os menores desde agosto de 2020. Em maio de 2021, a saca estava em R$ 102. Com a queda de preços no campo, as farinhas caem no varejo. Neste ano, conforme dados desta quinta-feira (25) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a farinha de milho acumula queda de 6,5% no ano, e o fubá, de 4%. A soja também tem os menores preços no campo desde agosto de 2020. A saca está sendo negociada a R$ 128,6 no Paraná, um valor bem inferior aos R$ 188 de há um ano.
Fonte: Folha de S.Paulo
Plano Safra 2022/23 recebe R$ 7,4 bi para baixar juros ao produtor
O governo decidiu ajustar a distribuição de limites equalizáveis no Plano Safra 2022/2023, que termina no dia 30 de junho. Em julho começa a valer o Plano Safra 2023/24, que deve ser anunciado nos próximos dias. Equalização da taxa de juros significa que o governo vai cobrir a diferença entre a taxa de juros praticada no mercado financeiro e a taxa efetivamente paga pelo produtor. Os recursos suplementares deverão permitir a equalização de cerca de R$ 7,429 bilhões para aplicação em vários programas de financiamento. Entre eles estão o Moderfrota, destinado ao financiamento para aquisição de tratores, colheitadeiras, plataformas de corte, pulverizadores, plantadeiras, semeadoras e equipamentos para beneficiamento de café; em equipamento de irrigação e demais investimentos e custeio no âmbito do Pronamp, que é o crédito destinado ao médio produtor. Estão contemplados para realizar a equalização dos juros as linhas oferecidas pelo Banco do Brasil, Caixa e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Fonte: Forbes Agro
Umidade do solo favoreceu o desenvolvimento das lavouras
A análise das condições da safra de verão e inverno 2022/2023 nas principais regiões produtoras revela que, no período de 1º a 21 de maio, houve um aumento no volume de precipitações nas regiões Norte e Sul do país. No caso da Região Norte, as condições climáticas favoreceram especialmente o desenvolvimento do milho segunda safra. Já na Região Sul, as chuvas que estiveram concentradas no estado do Rio Grande do Sul contribuíram para a recuperação do armazenamento hídrico no solo, sem prejudicar a colheita da soja e o preparo das áreas para a semeadura dos cultivos de inverno. Os dados constam no Boletim de Monitoramento Agrícola, divulgado dia 25/5 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com o estudo, o tempo seco no Centro-Sul reduziu a umidade no solo, mas em outras regiões produtoras as temperaturas médias foram mais amenas e contribuíram para a menor evaporação. Esse fator possibilitou a manutenção da umidade no solo em níveis satisfatórios para a semeadura, o manejo e o desenvolvimento dos cultivos de segunda safra e de inverno na maior parte do país. Conforme observado no mês anterior, o déficit hídrico persistiu em áreas da Bahia e de Minas Gerais.
Fonte: Conab
Moagem de cana avança no Centro-Sul e totaliza 43,98 milhões de toneladas
A primeira quinzena de maio foi marcada pelo avanço da produção em relação ao ciclo anterior. Em contraste ao ocorrido na segunda metade de abril, o clima mais seco favoreceu a colheita da cana-de-açúcar e a moagem subsequente. Foram processadas 43,98 milhões de toneladas ante a 34,29 milhões da safra 2022/2023 – o que representa um avanço de 28,25%. No acumulado da safra 2023/2024, a moagem atingiu 78,97 milhões de toneladas, ante 63,59 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2022/2023 – um avanço de 24,18%. Dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) indicam que, no mês de abril, a produtividade dos canaviais no Centro-Sul foi de 83,7 toneladas de cana por hectare colhido. Esse valor representa um acréscimo de 18,56% diante daquele observado no mesmo período da safra 2022/2023 e reflete o regime de chuvas favorável o qual deslumbrou a lavoura nos meses de verão.
Fonte: AgroBand
Cadeia da soja e do biodiesel representou 27% do PIB do agronegócio
O PIB da cadeia produtiva da soja e do biodiesel foi de R$ 673,7 bilhões em 2022, representando cerca de 27% de todo o PIB do agronegócio nacional. Há 12 anos, esta participação era de apenas 9%. De 2010 a 2022, o PIB da cadeia expandiu 58%; no mesmo período, o agronegócio cresceu 8% e a economia, 12%. Isso indica um aumento consistente da disponibilização de produtos ao consumidor final pela soja e o biodiesel. Os dados fazem parte do mais recente estudo elaborado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, voltado à geração de informações contínuas de PIB, emprego e balança comercial para a cadeia da soja e do biodiesel. O critério metodológico adotado é o do Cepea, no qual a cadeia produtiva é estruturada por segmentos que envolvem a própria agropecuária, os insumos, o processamento (agroindústria) e os agrosserviços executados, incluindo comércio, transporte e outros serviços necessários para a movimentação de produtos para atender tanto o consumidor final no Brasil quanto para exportação.
Fonte: Cepea
Produção mundial de café é estimada em 171,3 milhões de sacas
A produção mundial de café prevista para a safra 2022-2023 foi estimada em 171,3 milhões de sacas, performance que, caso se confirme, representará um incremento de 1,7% em comparação com a mesma produção global da safra anterior de 2021-2022, a qual foi de 168,5 milhões de sacas do 60kg. Neste mesmo contexto objeto desta análise, convém ressaltar que o consumo global em 2021-2022 atingiu um volume físico equivalente a 175,6 milhões de sacas, volume que representou um crescimento de 0,6% em relação ao mesmo período anterior. E, com relação à previsão do consumo para a safra atual em curso (2022-2023), estima-se que a demanda mundial deverá alcançar em torno de 178,5 milhões de sacas de 60kg, o que representará um acréscimo de 1,7% ante o mesmo período anterior. E, caso tal consumo se efetive, o mercado de café deverá passar por mais um ano de déficit na oferta mundial, algo em torno de 7,3 milhões de sacas de 60kg.
Fonte: Notícias Agrícolas
Gestão da Conab será dividida entre duas Pastas
O governo Luiz Inácio Lula da Silva cedeu à pressão da bancada ruralista e decidiu dividir tanto a estrutura quanto a competência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entre dois ministérios da Esplanada: o do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O acordo foi selado ontem em reunião na Casa Civil, no Palácio do Planalto. “Reafirmo o acordo feito aqui na Casa Civil, que é o compartilhamento dos dois ministérios [das secretarias e competências da Conab]”, disse Paulo Teixeira, ministro de Desenvolvimento Agrário, na saída do encontro, à imprensa. O MDA está hoje sob o comando do PT de São Paulo, partido do presidente da República. Já o Ministério da Agricultura é controlado pelo PSD do Mato Grosso, numa aliança que foi importante para trazer parte dos ruralistas para a base do governo. O pleito atende, em parte, a um pedido da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), uma das bancadas mais fortes do Congresso Nacional.
Fonte: Valor
No Paraná, área de milho safrinha diminui e dá espaço ao trigo
Apesar da escassez de chuvas, principalmente nas regiões Norte e Noroeste do Paraná, o analista da área de milho do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, Edmar Gervásio, destaca que de forma geral, a safrinha de milho se desenvolveu bem. A expectativa inicial de média de produtividade é de cerca de 95 a 96 sacas por hectare. Ele explica que houve um atraso no plantio em várias regiões devido ao atraso na semeadura da soja, depois alongamento da cultura, e, em seguida, chuvas durante a colheita da oleaginosa. “Isso fez com que algumas áreas que seriam destinadas ao milho safrinha fossem ocupadas por outras culturas, como, por exemplo, o trigo”, disse. Conforme relatório divulgado pelo Deral, no comparativo com a safrinha passada, é previsto aumento de 6% no volume produzido e redução de 11% na área. Já em relação ao trigo, a estimativa é de ampliação na área, na casa dos 13% em relação ao ciclo passado. O plantio nos 1,38 milhão de hectares destinados à cultura chegou a cerca de 58% da área, e espera-se uma produção de 4,55 milhões de toneladas de trigo.
Fonte: Notícias Agrícolas