FARM NEWS – 06/02 a 12/02
Valor da Produção Agropecuária para 2023 tem o melhor resultado em 34 anos
OValor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para este ano, com base nas informações de janeiro, está estimado em R$ 1.265,2 trilhão. Este é o melhor resultado obtido nos últimos 34 anos para esse indicador. Em relação ao ano passado, de R$ 1.189,7 trilhão, representa um acréscimo de 6,1%. As lavouras têm um faturamento previsto de R$ 900,8 bilhões e a pecuária de R$ 364,4 bilhões. O VBP das lavouras cresceu 10,5% em relação ao observado no ano passado e a pecuária deve ter retração de 2,7%. Há expectativas favoráveis para o clima neste ano, com exceção para o estado do Rio Grande do Sul, que se encontra num período de falta de chuvas. Lavouras como soja, milho e feijão já revelam perdas acentuadas de produtividade no estado.
Fonte: Mapa
Brasil deve liderar exportação global de soja e de milho
O Brasil nunca foi tão decisivo para o abastecimento global de alimentos quanto nesta safra 2022/23. Pela primeira vez na história, o país deverá liderar as exportações mundiais de milho e responder por quase 55% dos embarques da soja, indicaram novas estimativas divulgadas semana passada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O USDA projeta uma safra brasileira de milho da ordem de 125 milhões de toneladas, ou 10,9% do total global, e prevê embarques de 50 milhões de toneladas, 27,6% do volume transacionado entre países. No ciclo 2021/22, o Brasil representou 9,6% da produção e 23,5% dos embarques. Vale lembrar que o país começou a exportar milho para a China no ano passado, e que o volume de vendas tende a aumentar, independentemente dos concorrentes.
Fonte: Valor
Conab e USDA divergem sobre o milho brasileiro
Tanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), quanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgaram suas expectativas sobre os números do milho brasileiro semana passada e acabaram divergindo em algumas coisas. De acordo com a TF Agroeconômica, a Conab elevou os estoques finais, o que pode manter os preços pressionados. Já o USDA diz que o mercado interno terá menos demanda e a sobra será exportada. Enquanto a Conab estima uma redução de 1318,6 milhão de toneladas entre os relatórios de janeiro e fevereiro, fechando em 123.743,8 milhões de toneladas, o USDA aposta que a produção deve se manter em 125 milhões de toneladas, sem alterações. Um caso em que nenhuma das agências alterou os dados foi na importação. No entanto, a Conab acredita que o país deve comprar 2.800 milhões de toneladas de milho e o USDA aposta em 1.300 milhão de toneladas.
Fonte: Agrolink
Chegada da soja brasileira tem potencial para derrubar mercado em Chicago
Com o avanço da soja no Brasil, as cotações na Bolsa da Chcago acumulam ganhos de 0,65%, 0,52% e 0,40%, respectivamente. Semana passada, o mercado teve dias bastante voláteis, marcado pela divulgação do novo – e bastante morno – boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unido) e o apoio do trigo – que se apoiou nas notícias vindas da escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia, que estimulou ganhos entre as commodities agrícolas. Como explicou o diretor da AgResource Brasil, Raphael Mandarino, o mercado registra essa valorização diante de um acumulado de fatores, incluindo a seca na Argentina – que segue tirando o potencial produtivo do país – além das preocupações que persistem sobre o atraso da colheita norte-americana, mesmo diante de um avanço expressivo que se deu nesta semana especificamente. Assim, os fundos seguiram renovando suas posições de compra, aproveitando o momento. “E isso traz força às médias e fazendo com que a gente veja certo suporte em Chicago mesmo frente a esta safra recorde que iremos entregar a partir de 15 de fevereiro, chegando com uma quantidade bastante expressiva de soja para este mercado”, explica Mandarino.
Fonte: Notícias Agrícolas
Pulses têm importância estratégica na segurança alimentar
Os alimentos classificados como pulses fazem parte da dieta de boa parte da população brasileira, mundial, e têm uma importância estratégica para a garantia da segurança alimentar. Pela sua relevância e para ampliar a consciência sobre seus benefícios, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o dia 10 de fevereiro como o Dia Mundial dos Pulses. Mas afinal, o que são pulses? O termo se refere às sementes secas de leguminosas como feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico. São ricas em proteínas, fibras, vitaminas e minerais e excelentes fontes de micronutrientes. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) aponta que, como essas leguminosas podem ser armazenadas por muito tempo, elas podem ajudar a aumentar a diversidade das dietas, especialmente nos países em desenvolvimento. Diante de uma série de benefícios, a Organização considera os pulses como alimentos de destaque na segurança alimentar mundial e relevantes para o combate à fome no planeta. No Brasil, diversos tipos de pulses são produzidos durante o ano. O feijão, por exemplo, é cultivado em todas as regiões, tornando o país o terceiro maior produtor mundial.
Fonte: CNA Brasil
Inédito no Brasil: produtor compra trator com “grãos digitais”
A primeira compra de uma máquina agrícola com “grãos digitais” no Brasil foi realizada esta semana no Show Rural Coopavel, uma das maiores feiras de inovação do Brasil, que ocorre há 35 anos em Cascavel (PR). A operação, que transforma commodities em uma espécie de moeda digital foi viabilizada através de uma parceria entre o Banco CNH – braço financeiro da CNH Industrial – e a Agrotoken, empresa pioneira na tokenização de produtos agrícolas. Em passagem pela feira no oeste paranaense, o produtor Wagner Cruvinel, de Silvânia (GO), pagou parte de um trator T8, da New Holland, com os grãos transformados em ativos digitais lastreáveis. Dessa forma, diz ele, foi possível negociar com o recurso que já tinha disponível no ecossistema da empresa.
Fonte: Globo Rural
Energia solar ultrapassa 25 GW e alcança 11,6% da matriz elétrica
O Brasil ultrapassou a marca de 25 gigawatts (GW) de potência de energia solar em fevereiro, divulgou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O levantamento considera tanto as usinas solares de grande porte, como os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos. De acordo com Absolar, a energia solar, que vem sendo bastante utilizada no setor agropecuário, já equivale a 11,6% da matriz elétrica do país. O setor atravessa um crescimento exponencial. De fevereiro do ano passado para este mês, a potência ligada à energia solar saltou de 14,2 GW para 25 GW, com alta de 76%. Desde julho do ano passado, a potência de geração solar instalada no país tem crescido em média, 1 GW por mês. Desde 2012, segundo a entidade, os investimentos em fonte solar de energia somaram R$ 125,3 bilhões e gerou cerca de R$ 39,4 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
Fonte: Canal Rural
2023 deve ser ainda mais desafiador para os cafeicultores
O setor cafeeiro nacional deve registrar novamente um ano desafiador. No curto prazo, ainda há incertezas quanto ao volume a ser colhido, sobretudo no Brasil. Do lado da demanda, a economia mundial está registrando crescimento tímido e o cenário inflacionário são fatores que podem atrapalhar o consumo de café ao longo do ano. Conforme dados do boletim informativo do Cepea, o setor cafeeiro nacional deve registrar novamente um ano desafiador. No curto prazo, ainda há incertezas quanto ao volume a ser colhido, sobretudo no Brasil. Do lado da demanda, a economia mundial, registrando crescimento tímido e o cenário inflacionário são fatores que podem atrapalhar o consumo de café ao longo do ano.
Fonte: Agrolink
La Niña prejudica produção de HFs, mas beneficia outras culturas
Pelo terceiro ano consecutivo, o La Niña vem atuando no verão brasileiro. A avaliação da equipe da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, apesar de o fenômeno climático prejudicar a produção de alguns hortifrútis em determinadas regiões do País, ele acaba favorecendo certas culturas. O levantamento mostra que o grande volume de chuva no Nordeste danificou a produção de frutas, sobretudo a voltada à exportação. Já no Sul do País, o tempo mais seco acabou beneficiando a produção de batata e de tomate, sobretudo do Rio Grande do Sul. Paralelamente ao efeito do La Niña, o Sudeste registrou no verão de 2022/23 chuvas acima da média, por conta da passagem de umidade pela porção Central do Brasil, conforme indicações da Rural Clima. Esse cenário contribuiu para a recuperação das reservas hídricas do Sudeste, mas prejudicou a qualidade e a produtividade de hortifrútis produzidos na região, além de ter elevado os custos de produção, à medida que houve necessidade de intensificação no manejo fitossanitário.
Fonte: Cepea