FARM NEWS – 23/01 a 29/01
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Estados têm boa condição de desenvolvimento das lavouras
As lavouras estão evoluindo de forma similar ou acima da média de desenvolvimento na safra 22/2023, nas principais regiões produtoras do país, segundo o monitoramento dos cultivos de verão realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Boletim de Monitoramento Agrícola, publicado dia 26/01, avalia a situação agrometeorológica e o comportamento dos índices de vegetação obtidos a partir de modelos agrometeorológicos e do sensoriamento remoto para mensurar o desenvolvimento das áreas cultivadas em diversos estados produtores. O dado mais recente mostra que o índice vegetativo encontra-se acima da safra anterior no norte de Mato-Grosso, no sudoeste do Mato Grosso do Sul e no oeste do Paraná.
Fonte: Canal Rural
Estudo ajuda no manejo adequado de plantas daninhas resistentes
Pesquisadores da Bayer e da Embrapa estão avaliando sistemas produtivos como estratégias de resiliência para o manejo de plantas daninhas resistentes aos herbicidas. As atividades estão sendo desenvolvidas em diferentes regiões brasileiras, em lavouras de milho, trigo, soja, algodão e em pastagens, desde 2017. Os dados coletados foram reunidos em uma plataforma que traz dados espaciais sobre a ocorrência de plantas daninhas. Um dos objetivos do trabalho é divulgar e fortalecer o conceito da resistência e dos seus diferentes tipos, para que o produtor entenda como é importante fazer um manejo mais adequado desse problema. Além de gerar informações sobre a presença de plantas daninhas em lavouras de diferentes estados do Brasil, o projeto buscou caracterizar os sistemas de produção que contribuem para o manejo de plantas daninhas. A ideia é mostrar para o produtor que, se o investimento em insumos for feito da forma correta, valerá a pena e não causará prejuízos na rentabilidade da lavoura. O trabalho foi estruturado em ações específicas. A primeira foi o levantamento das espécies existentes e a caracterização da resposta de herbicidas nas populações das plantas daninhas, para detectar a resistência ou não. Em seguida, foram montados experimentos para o desenvolvimento de estratégias de manejo e de prevenção da resistência.
Fonte: Agro Insight
Café: faturamento das lavouras do Brasil alcança R$ 56 bi em 2022
O Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil, que corresponde ao faturamento total das lavouras cafeeiras, tanto da espécie de Coffea arabica (café arábica) como de Coffea canephora (robusta + conilon), atingiu a cifra de R$ 55,9 bilhões em 2022, valor 25% maior do que o total gerado em 2021, ano em que o faturamento foi de R$ 44,74 bilhões. Neste contexto, o C. canephora, com receita estimada de R$ 13,4 bilhões, representou 24% do faturamento total de 2022 e um crescimento de 21,8% em relação ao ano anterior. E o C. arabica, que atingiu R$ 42,5 bilhões, correspondeu a 76% do total arrecadado em 2022, com um aumento de 26% se comparado com o valor de 2021. Com base nesses números, verifica-se que a cafeicultura participa com aproximadamente 6,8% do faturamento total das lavouras brasileiras, que foi de R$ 814,7 bilhões, o que coloca o setor cafeeiro em quarto lugar no ranking do VBP.
Fonte: Canal Rural
Produtividade média dos Cafés do Brasil estimada para 2023 é de 29 sacas por hectare
A produtividade média da safra dos Cafés do Brasil, incluindo as duas espécies da cultura, Coffea arabica (café arábica) e Coffea canephora (robusta + conilon), estimada para o ano-cafeeiro em curso, cujas pesquisas e estudos foram realizados em janeiro de 2023, corresponderá a aproximadamente 28,9 sacas por hectare. Para tanto, referidos estudos estimaram que a safra brasileira total será de 54,94 milhões de sacas de 60kg, a qual está em fase de produção numa área de 1,9 milhão de hectares. Neste contexto, há que se destacar que a área ocupada pela cafeicultura brasileira, com as duas espécies de café, totaliza 2,26 milhões de hectares, sendo 1,9 milhão de hectares, conforme citado, empregados na produção deste ano-cafeeiro, os quais equivalem a 84% do total.
Fonte: CCCMG
Empresa brasileira investirá no desenvolvimento de biotecnologias verdes para agricultura tropical
Referência em genética e biotecnologia para cultura do milho, a SEMPRE AgTech anuncia ao mercado a criação da WIN (World Innovation). Concebida para ser um braço de inteligência e inovação da gigante sementeira, a nova companhia tem foco na pesquisa e desenvolvimento de soluções tecnológicas, ajustadas à realidade do agronegócio brasileiro e com o uso de tecnologias totalmente nacionais. Todas as pesquisas são voltadas para geração de ativos biotecnológicos, amigos do meio ambiente – as biotecnologias verdes.
Segundo Fernando Prezzotto, fundador e CEO da SEMPRE, o setor é pujante, mas os ativos estratégicos utilizados atualmente não são brasileiros. “O nosso agro ainda depende de matérias-primas vindas de países como Índia, Rússia e China para assegurar o suprimento de fertilizantes e defensivos agrícolas para o campo. Na outra ponta da cadeia, as tecnologias são dominadas e desenvolvidas exclusivamente por multinacionais globalmente consolidadas. O que nós queremos fazer é que esses ativos biotecnológicos estratégicos se tornem propriedade dos brasileiros”, afirma.
Fonte: Rádio Guaíba
Safra recorde virou um problema na soja
Esta grande safra brasileira de soja será um problema, porque está apenas 30% comercializada e não haverá armazenagem suficiente para ela, alerta o analista sênior da Consultoria TF Agroeconômica, Luiz Pacheco. “O produtor terá que vender e isto fará pressão sobre os preços em 2023”, explica o especialista. “Então, nossa recomendação é: quanto antes vender, melhor. Aliás, já tínhamos recomendado isto há um mês e, desde então o preço caiu 4,40% no Brasil, segundo o Cepea. Por estado, os preços recuaram 3,17% no RS, em SC 0,55%, no PR 2,20%, no MS 4,65%, no MT 9,41%, no MA 7,64% e na Ba 4,24%, segundo acompanhamento diário feito pela TF Agroeconômica”, aponta.
Fonte: Agrolink
Gigante do agro vai abandonar fertilizante mineral em 2 anos
Após várias soluções sustentáveis para a agricultura, a BP Bunge anunciou que pretende eliminar o uso de fertilizante mineral até 2025. Isso porque a empresa está ampliando a utilização de bioinsumos e de matéria orgânica, como vinhaça e compostagem, para nutrição do solo e da lavoura. As soluções, resultado de investimentos em pesquisa, inteligência e tecnologia, permitirão enriquecer o solo com nutrientes essenciais, eliminando a necessidade de utilização de fertilizantes químicos, dentre eles os do grupo NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio). “Nesta safra, por exemplo, a empresa já conseguiu substituir em 100% da sua área de plantio (cerca de 50 mil hectares) o uso de fertilizantes nitrogenados. Para isso, expandiu o uso da bactéria Nitrospirillum amazonense. Solução desenvolvida pela Embrapa, a bactéria atua na fixação de nitrogênio, promovendo o crescimento e desenvolvimento da planta, o que resulta na ampliação da produtividade nas lavouras”, comenta a empresa.
Fonte: Agrolink
Preço da carne de frango está em movimento de queda desde dezembro
Os preços da carne de frango, negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, estão em queda desde dezembro de 2022, com o movimento se intensificando sobretudo na segunda quinzena daquele mês e se mantendo ao longo de janeiro deste ano. Segundo os colaboradores consultados pelo Cepea, esse cenário é resultado da alta oferta da carne no mercado doméstico. Inclusive, parte dos agentes do mercado atacadista relata dificuldades em manter as margens positivas.
Fonte: Cepea
Bovinos: diferença entre valores médios de macho e fêmea é recorde
A diferença média entre os preços das arrobas dos animais machos e fêmeas prontos para abate, ambos comercializados no mercado paulista, atingiu o maior patamar para um início de ano. De acordo com dados do Cepea, a diferença entre os valores médios está em expressivos 23,48 Reais por arroba nesta parcial de janeiro (até o dia 24), com vantagem para o macho. Trata-se da maior diferença da série histórica mensal do Cepea desses produtos para o primeiro mês do ano, iniciada em 2000 no caso da vaca. Esse cenário se deve à sustentação dos preços do animal macho e também à queda dos valores da vaca. De dezembro/22 para a parcial deste mês, enquanto a arroba do boi gordo no mercado paulista apresenta desvalorização nominal de 2,7%, o preço da vaca registra queda mais intensa, de 4,31%. Segundo pesquisadores do Cepea, no caso do boi, os valores são sustentados pela forte demanda internacional pela carne, sobretudo chinesa. Já no caso da vaca, a proteína destina-se especialmente ao mercado brasileiro, que, vale lembrar, atravessa um período de demanda enfraquecida, tendo em vista o fragilizado poder de compra de grande parte da população, com frigoríficos regionais focados nesse mercado.
Fonte: Cepea
Soja 23/24 do Brasil oferece boas relações de troca, otimizam custos de produção e chance de negócios
As atenções do produtor brasileiro de soja têm de estar divididas entre diversas frentes agora. Se para a safra 2022/23 estão em foco a conclusão do ciclo e na comercialização – que está atrasada em relação ao ano passado e à média dos últimos cinco anos –, para a safra 2023/24, olho vivo nos custos de produção. E as notícias, neste último caso, já são mais positivas, depois de a última temporada ter sido a mais cara – e talvez uma das mais desafiadoras da história em função dos contextos político e econômico globais – com a indicação de uma possibilidade de custos menores. Números divulgados nesta semana pelo Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) mostraram que a nova safra de soja do estado deverá ser 4,8% menor e está previsto, ao menos até este momento, em algo como R$ 4.674,42 por hectare.
Fonte: Notícias Agrícolas